"O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai encontrar-se com as bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a Alma e a Vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos reais, nenhum tomou o título de sacerdote ou de sumo sacerdote (...). O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; proclama-a para seus adéptos assim como para todas as pessoas. Respeita todas as convicções sinceras e faz questão de reciprocidade." (Kardec)


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Então é Natal...

Queridos amigos e leitores do Blog, amanhã se inicia o mês de dezembro e, então, logo será o Natal.

Comemoremos neste dia o nascimento do Menino Jesus no coração de cada um de nós cujo nascimento se renova a cada ano para nos trazer ânimo, perseverança, esperança, fé e, principalmente, para nos renovar no amor do Cristo, fortalecendo-nos na certeza de um amanhã melhor com a chegada do novo ano que se iniciará logo mais.

Por isso, meus queridos amigos e leitores, desejo a todos um Feliz Natal e um Ano Novo própero, repletos de muita paz, união, reflexão e, principalmente, de muita fé e esperança nos dias que virão.

Vamos montar nossa árvore de Natal como esta aqui embaixo que deixo para todos nós, para que as bençãos de Luz possam invadir nossos lares neste dia tão especial.



_____________ ______Paz

__________________União

________ _________Alegrias

________________Esperan ças

_______________Amor.Sucesso

__________ ____Realizações★Luz

_____________Respeito ★harmonia

____________Saúde★..solidarieda de

___________Felicidade ★....Humildade

__________Confraternização ★..Pureza

_________Amizade ★Sabedoria★.Perdão

________Igualdade★Libe rdade.Boa-.sorte

_______Sinceridade★Estim a★.Fraternidade

______Equilíbrio★Dignidad e★....Benevolência

_____Fé★Bondade_Paciên cia...Gratidão_Força

____Tenacidade★Prosp eridade_Reconhecimento

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Um "big" abraço fraterno a todos!!!


Homenagem a Chico Xavier em Três Lagoas/MS

Três Lagoas/MS foi a primeira cidade brasileira a homenagear Chico Xavier designando uma Rua com seu nome



A cidade de Três Lagoas sempre teve uma ligação muito forte com o médium mineiro Francisco Cândido Xavier. Desde o ano de 1957, Chico, de vez em quando, ia passar uns dias na fazenda do saudoso Thomé Arantes – ainda hoje, dona Romilda Arantes lembra com muito carinho dessas visitas do querido amigo.

Chico Xavier, que completaria 100 primaveras no próximo dia 02 de abril se estivesse entre nós, nasceu em Pedro Leopoldo-MG , em 1910, mas viveu grande parte de sua vida em Uberaba/MG.

Faleceu no dia 30 de junho de 2002 e, apenas sessenta e quatro dias depois, Três Lagoas/MS já o homenageava denominando com seu nome uma rua.

A Câmara Municipal votou por unanimidade o projeto de Lei de Nº. 55, de 02 de setembro de 2002, e, no dia 11 do mesmo mês, a Lei de Nº. 1804 foi sancionada, passando a "Viela 03" a se chamar “Francisco Cândido Xavier”, localizada na Vila Haro, onde está situado o Grupo Espírita "José Grosso e Maria João de Deus", esquina com a Rua Allan Kardec, fundado pelo saudoso advogado Dr. João Santana e sua esposa Márcia Santana. A primeira ata do Centro - abril de 1994 -, tem como primeiras assinaturas Luiz Correa da Silveira Filho, Waldemiro Giachetta, Waldemar Amadeu Falco e outros.

Destacamos que quando foi fundado o Centro, Chico ficou muito feliz ao saber que a citada Casa Espírita teria o nome de sua mãe. “É uma casa que conta com muita proteção da espiritualidade... Quem frequenta o Grupo há mais tempo, já vivenciou várias situações que demonstram claramente a interferência dos Benfeitores espirituais”, afirma Luiz Correa, dirigente do Grupo "José Grosso e Maria João de Deus", desde sua fundação.

Seguem abaixo dois exemplos do que afirmou Luizinho:



O amor multiplica os recursos...

O ano foi 1996, numa sexta-feira de outubro, em que se comemorava o Dia das Crianças. O fato ocorreu no "Grupo da Fraternidade Espírita José Grosso e Maria João de Deus", situado na Rua Francisco Cândido Xavier, esquina com Allan Kardec, Vila Haro, Três Lagoas-MS.

“Neste dia, acordei com muita vontade realizar uma festa para as crianças carentes dos bairros próximos à Casa Espírita. Saí em busca de ajuda e o Supermercado Passarelli fez doações de refrigerantes e de um bolo de, aproximadamente, dois quilos e setecentas e cinquenta gramas. O saudoso advogado Dr. João Santana custeou as despesas de um carrinho de pipoca e outro de algodão doce para atender às crianças na porta do centro. Eu, imbuído de muito amor, consegui espaço em algumas Rádios de nossa cidade e dei várias entrevistas falando sobre a festa para as crianças à noite no Centro. Naquela época, não imaginei o alcance dos programas radiofônicos, chegando a dezenas de lares. Iniciamos as atividades da Casa com uma palestra proferida pelo tenente Muniz do Corpo de Bombeiros, hoje major e subcomandante. Estava presente também Alécio Boletti. Lembro ainda hoje, da nossa surpresa – Elzi, eu, Branquinho e Maura, Otacílio e Célia e o professor Luiz Otávio, coordenador do departamento 'Infanto Juvenil Heleyne Cristina G. Correa', quando vimos a quantidade de crianças que chegava sem parar, formando uma enorme fila. Elzi me chamou e disse: ‘Luizinho, aí fora tem mais de 1000 crianças, o bolo e os refrigerantes não vão dar para nada’. Eu disse a ela 'vamos distribuir o que tem, e explicar que faremos outra festa na semana que vem... O que podemos fazer?'
Na época, o quintal do centro era de chão batido e tinha uma grande árvore. Organizamos a fila ali, e Maura, Célia e Elzi cortavam o bolo e entregavam às crianças. Quanto mais cortavam, mais ele aumentava; de maneira que todas as crianças comeram bolo, e muitas ainda puderam levar um pedaço para suas mães em casa. O pedaço que sobrou deu para repartir entre todos os que estavam ajudando. Esse fato da multiplicação do bolo, à semelhança do que ocorreu à época de Jesus - quando houve a multiplicação de pães e peixes - foi testemunhado por muitas pessoas presentes à reunião, que consideram importante que seja divulgado esse acontecimento que está registrado na história do Centro, demonstrando o quanto somos assistidos pelos Benfeitores amigos, quando nos dispomos a realizar o bem”, finalizou Luizinho.

Muito mais do que dinheiro é preciso boa vontade, porquanto, assim como o Cristo multiplicava pães e peixes para atender à multidão faminta, a boa-vontade multiplica indefinidamente os recursos com os quais podemos e devemos ajudar nossos irmãos.

Que o digam os dirigentes de Instituições de caridade. Nunca há dinheiro suficiente, mas os recursos chegam sempre, enquanto permanece a disposição de servir.

*Essa matéria foi destaque numa Revista de grande circulação nacional: “Luz do Leste”, edição julho/agosto/2009, página 06.



Proteção à Casa Espírita...

"Vou narrar aqui essa pequena história apenas com o objetivo de divulgar o trabalho dos mensageiros de Jesus, protegendo-nos o tempo todo, e particularmente, o cuidado deles em resguardar um templo religioso, a fim de manter a harmonia entre os encarnados e desencarnados que vão ali.
No começo do ano de 2000, eu e minha esposa Elzi, chegamos ao 'Grupo da Fraternidade Espírita José Grosso e Maria João de Deus', onde são realizadas reuniões todas as sextas-feiras. Temos por hábito chegar ao Grupo Espírita logo no início da noite para organizar tudo antes do começo dos trabalhos. Nesta noite a palestra seria proferida pelo jornalista Adalto, que chegou cedo ao Centro, juntamente com sua esposa. Na casa defronte ao Centro morava um casal que estava constantemente em desarmonia. Nesta data aconteceu novamente uma discussão entre eles, e estavam de tal modo desestruturados que ouvíamos os gritos, ora de um, ora de outro. Como era uma situação que acontecia com certa freqüência, continuei o meu trabalho normalmente: abri o Evangelho, coloquei música de cunho espiritual, bem baixinho para harmonização do ambiente, enquanto Elzi estava no fundo arrumando o departamento infantil que leva o nome da minha filha 'Heleyne Cristina Garcia Corrêa'; continuei ouvindo as vozes alteradas do casal, mas serenamente, com certeza já recebendo a proteção dos espíritos, prossegui colocando a água em cima da mesa para a fluidificação. Repentinamente entrou a garota Nayara, filha do casal, aos gritos, pedindo que não deixassem o seu pai matar a sua mãe. Eu estava encostado na mesa ao centro da sala, quando Rosely entrou pedindo socorro, me segurando pela cintura, aí eu virei, ficando de frente com aquele irmão, que estava totalmente descontrolado com uma faca grande na mão e veio em minha direção, com o intuito de alcançar a esposa; ainda consegui dizer a ele que não fizesse aquilo, porque estava dentro de uma casa de Deus.
Foi aí que ele, com muita raiva, avançou com a faca na mão levantada bem alto, e, com toda força, fincou-a na mesa, a seguir, cortando sua própria mão em vários lugares, tal era sua cólera. A mesa ficou toda ensangüentada, mas ele já mais calmo, consentiu que eu o levasse para lavar a mão e fazer um curativo. Ele chorava o tempo todo e pedia perdão por tudo que havia acontecido. Depois ele sentou-se e assistiu à palestra da noite, cujo tema era 'O perdão das ofensas'. Do triste episódio, felizmente só restou um buraco cravado na mesa. Todos nós ficamos muito emocionados com a prova incontestável da proteção dos Benfeitores a nós e às atividades da Casa de oração. Não podemos deixar de citar o mérito da Rosely e de sua filha Nayara que procuraram proteção na Casa de Deus." (Luizinho).

Rosely recentemente casou-se com Valdecy Rodrigues dos Santos, constituindo com ele um novo lar.

*Texto Eva Elias, Uberaba/MG.

(Enviado por Luizinho, Correio de Três Lagoas/MS, recebido via e-mail).

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A água fluída, por Emmanuel

"E qualquer que tiver dado só que seja um copo d'água fria por ser meu discípulo, em verdade vos digo que, de modo algum, perderá seu galardão." (Matheus 10:42)

Meu amigo, quando Jesus se referiu ao copo de água fria, em seu nome, não se reportava apenas à compaixão rotineira que sacia a sede comum. Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais profundos. A água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra. É como que a base pura em que a medicação do céu pode ser impressa através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos olhos mortais.

A prece intercessória e o pensamento de bondade representam irradiações de nossas melhores energias. A criatura que ora ou medita, exterioriza poderes, emanações e fluidos que, por enquanto, escapam à análise da inteligência vulgar, e a linfa potável recebe-nos a influenciação, de modo claro, condensando linhas de força magnética e princípios elétricos que aliviam e sustentam, ajudam e curam.

A fonte que procede do coração da Terra e a rogativa que flui do imo dalma, quando se unem na difusão do bem, operam milagres.
O espírito que se eleva na direção do Céu é antena viva captando potenciais de natureza superior, podendo distribuí-las a benefício de todos os que lhe seguem a marcha.

Ninguém existe órfão de semelhante amparo.

Para auxiliar a outrem e a si mesmo bastam a boa vontade e a confiança positiva.

Reconheçamos, pois, que o Mestre, quando se referiu à água simples, doada em nome de sua memória, reportava-se ao valor da providência a benefício da carne e do espírito, sempre que estacione através de zonas enfermiças.

Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, solução de tuas necessidades fisiopsíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia.

O orvaho do Plano divino magnetizará o líquido, com raios de bênçãos, e estará então consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus.

Emmanuel

(Mensagem de Emmanuel, psicografada pelo médium Chico Xavier, publicada no livro "Segue-me", Ed. O Clarim).


Meus queridos amigos e leitores do Blog, cremos que a mensagem de Emmanuel expressa de forma clara e com muita precisão o porque do uso da água fluída, principalmente na Casa Espírita, o que dispensa qualquer comentário de nossa parte.

Vale, entretanto, lembrarmos aqui um fato "curioso" e importante: pudemos observar que a maioria das religiões ou segmentos religiosos também fazem uso da água fluída, basta assistirmos aos programas de TV voltados para o tema religioso que não será difícil visualizarmos um pastor, um padre ou um pregador doutrinário  "abençoar" (fluidificar) a água rogando a Deus deposite nessa abençoada fonte de vida os remédios de que necessitamos para o corpo e para a alma, o que reforça ainda mais a afirmação de Emmanuel.

Que nós possamos fazer melhor uso desse "santo remédio" que o Criador nos colocou a disposição na Natureza em abundância e de forma gratuita!


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mais mensagem...

Liberdade

Deus nos fez a liberdade,
Todos vivem com ela,
Mas a nossa Consciência
Deve estar de sentinela.


Além do Mundo

Muita gente sobe aos Céus
Quando a morte dá partida;
E muita gente demora
Nos grandes porões da vida.


Contradição

Onde existe experiência,
Muita vez, noto este aviso:
Talento quando é demais
Traz carência de juízo.


Teste

Suporta sem desespero
A amargura que te invade;
Marujo só se revela
Na hora da tempestade.

(Mensagem de Cornélio Pires, psicografada pelo médium Chico Xavier, do Livro "Degraus da Vida", Ed. CEU, distribuído gratuitamente pelo Grupo Espírita "Os Mensageiros").

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

20 de Novembro - Dia da Consciência Negra




Comemora-se hoje, dia 20 de novembro, no Brasil, o Dia Nacional da Consciência Negra. Esta data foi estabelecida pela Lei Federal n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro porque foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares.

Zumbi representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema da escravidão e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

Assim é que o dia 20 de novembro, no Brasil, é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

O Espiritismo também aponta a escravidão e suas conseqüências como um mal sem igual. E ainda na metade do século XVII, quando ainda existia o sistema escravista em certos países como o Brasil, a Doutrina já apontava o erro e dizia que nada justifica a subjugação de outro ser humano. Nas palavras de Kardec, "a lei humana que consagra a escravidão é contra a natureza, uma vez que iguala o homem ao irracional e o degrada moral e fisicamente" (in "O Livro dos Espíritos", questão de número 829).

Os Espíritos, por sua vez, na mencionada questão de "O Livro dos Espíritos", nos adverte de que "toda sujeição absoluta de um homem a outro homem é contrária à Lei de Deus. A escravidão é um abuso da força e desaparecerá com o progresso, como desaparecerão, pouco a pouco, todos os abusos". E, mais adiante, na questão de número 831, os Espíritos ainda nos adverte de que "os homens, durante muito tempo, têm olhado certas raças humanas como animais de trabalho, munidos de braços e mãos, que se julgaram no direito de os vender como bestas de carga. Eles se crêm de um sangue mais puro. Insensatos que não vêem senão a matéria! Não é o sangue que é mais ou menos puro, mas o Espírito".

Por estas razões, tendo em vista que, conforme já citamos aqui no Blog outras vezes,  o Mundo clama por evolução e progresso da Humanidade, nós humanos ainda precisamos nos conscientizarmos efetivamente sobre os povos e suas culturas, os quais julgamos tão diversos de nós e, o que é pior, julgamos muitas vezes tão inferiores a nós, eliminando, assim, todo e qualquer resquício de preconceito e de racismo da face do Planeta. Infelizmente, por sermos ainda tão endurecidos, necessitamos de movimentos de conscientização e ética diante do que significou a escravidão e demais discriminações raciais, sejam elas de qualquer povo. No entanto, dia virá que viveremos em harmonia e em comunhão de sentimentos, reconhecendo em todos o amor fraterno.


Breve história de Zumbi

Zumbi não nasceu escravo. Apesar de ser filho de cativos, foi concebido livre no Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, em Pernambuco. Quilombos eram lugares dentro da mata para onde os escravos fugiam e se refugiavam do cativeiro e dos maus tratos da senzala. Nesses lugares, as pessoas viviam livres, em comunidades, onde podiam construir suas casas e cultivar a terra. Muitas vezes, os Quilombos eram atacados por forças contrárias à liberdade dos escravos. Em uma dessas invasões, Zumbi foi capturado e levado para ser criado por um padre na cidade. Mas quando cresceu fugiu rumo ao lugar onde havia nascido. Ali começa sua luta pela liberdade. Hoje, Zumbi é conhecido na história como líder de Palmares - um guerreiro que esteve à frente de vários combates, contra a escravidão e pela liberdade. Numa dessas batalhas ele foi morto, em 20 de novembro de 1695.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Nas horas difíceis...


         "Nas horas difíceis, procuremos sorrir e saibamos caminhar.
             Na frente, a Divina Bondade nos espera e não nos faltará combustível do Socorro Divino à lâmpada de nossas necessidades, a fim de que haja bastante luz em nosso roteiro."


(Mensagem de Carlos Augusto, psicografada por Chico Xavier, do Livro "Indicações do Caminho", Cap. XXVII, Ed. GEEM, distribuída gratuitamente pelo Grupo Espírita "Os Mensageiros").

Estudemos Kardec
para entendermos Jesus!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mensagem de Emmanuel sobre o Perdão das Ofensas

Queridos amigos e leitores do Blog, hoje de manhã, quando abri o meu Evangelho ("O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Kardec) para fazer a minha prece diária, "por coincidência" (entre aspas porque sabemos que não existem coincidências no Universo, mas sim que tudo está relacionado a uma causa, a qual na maioria das vezes desconhecemos) caiu de entre as páginas uma linda mensagem de Emmanuel, psicografada pelo saudoso médium Chico Xavier, publicada no Livro "Mais perto", Ed. GEEM, e distribuída gratuitamente pelo Grupo Espírita "Os Mensageiros", a qual transcreverei a vocês, com muito carinho:

"Motivos para desculpar

"Eu vos digo, porém, amai a vossos inimigos, bendizei os que maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem." (Jesus, em Mateus 5:44)

Em muitas ocasiões, quem imaginas que haja ferido, não tem disso a mínima ideia, de vez que terá agido sob a ação compulsiva de obsessão ou enfermidade.

Se recebeste comprovadamente uma ofensa de alguém, esse alguém terá dilapidado a tranquilidade própria, passando a carregar arrependimento e remorso, em posição de sofrimento que desconheces.

Perante os ofensores, dispões da oportunidade de revelar compreensão e proveito, em matéria de aperfeiçoamento espiritual.

Aquele a quem desculpas hoje uma falta cometida contra ti, será talvez, amanhã, o teu melhor defensor, se caíres em falta contra os outros.

Diante da desilusão recolhida do comportamento de alguém, coloca-te no lugar desse alguém, observando se conseguirias agir de outra forma, nas mesmas circunstâncias.

Capacitemo-nos de que condenar o companheiro que erra é agravar a infelicidade de quem já se vê suficientemente infeliz.
Revide de qualquer procedência, mesmo quando se enquiste unicamente na mágoa individual imanifesta, não resolve problema algum.

Quem fere o próximo efetivamente não sabe o que faz, porquanto ignora as responsabilidades que assume na Lei de Causa e Efeito.
Ressentimento não adianta, de vez que todos somos espíritos eternos destinados a confraternizar-nos todos, algum dia, à frente da Bondade de Deus.

Desculpar ofensas e esquecê-las é livrar-se da perturbação e doença, pemanecendo acima de qualquer sombra que se nos enderece na vida, razão por que, em nosso próprio benefício, advertiu-nos Jesus de que se deve perdoar qualquer falta, não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes."

Pensemos nisso! O Universo nos clama para que acordemos para a Verdade do Espírito. É chegado o momento em que a Providência Divina nos chama ao entendimento para merecimento das promessas do Cristo. Precisamos buscar viver efetivamente, em nossa vida cotidiana, os ensinamentos do Cordeiro se quisermos chegar à "Terra Prometida". Nosso Mundo caminha para a evolução e, muito brevemente, será um Mundo melhor, um Mundo de Regeneração. Se quisermos nos livrarmos das "tragédias" que nos invade dia a dia dissolvendo-se em tormentos e sofrimentos, resquícios de dolorosos resgates que aqui viemos expiar e ser provados, melhor então que busquemos viver, na prática, o Evangelho de Jesus.

Abraços fraternos!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Dia da Tolerância

Meus amigos,


Comemora-se hoje o Dia da Tolerância.

João, Bispo de Bordeaux, em 1862, falando em nome do "Consolador" (EvJo14:26), nos deu a seguinte orientação:

"Sedes indulgentes para com as faltas dos outros, quaisquer que sejam.

Julgai com severidade apenas vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, do mesmo modo como a usastes para com os outros.

Apoiais os fortes: encorajai-os a prosseguir no bem. Fortificais os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que considera o menor arrependimento. Mostrais a todos o anjo do arrependimento estendendo suas asas brancas sobre as faltas dos humanos, ocultando-as, assim, aos olhos daquele que em tudo vê impureza. Compreendeis toda a misericórdia infinita de vosso Pai e não vos esqueçais nunca de Lhe dizer pelos vossos pensamentos e, especialmente pelos vossos atos: 'Perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos têm ofendido'.

Entendei bem o valor dessas sublimes palavras; não só sua letra é admirável, mas também o ensinamento que elas contêm.

O que solicitais ao Senhor quando implorais o perdão? Esquecimento, só isso? Se assim fosse, resultaria em nada, pois, se Deus se contenta em esquecer as vossas faltas, não pune, mas também não vos recompensa. A recompensa não pode ser o preço do bem que não se fez e ainda menos do mal que se haja feito, mesmo que esse mal tenha sido esquecido.

Pedindo perdão por vossas transgressões, pedis a Deus o favor de suas graças, para não mais cairdes nelas, e a força necessária para entrardes num novo caminho, de submissão e de amor, no qual podereis acrescentar ao arrependimento a reparação do erro.

Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis em estender o véu do esquecimento sobre suas faltas. Esse véu é, muitas vezes, bastante transparente aos vossos olhos, e é preciso acrescentar-lhe o amor ao mesmo tempo que o perdão. Fazei por eles o que pediríeis que vosso Pai Celeste fizesse por vós. Trocai a cólera que desonra pelo amor que purifica. Pregai e exemplificai essa caridade ativa, incansável, que Jesus vos ensinou. Pregai como Ele próprio fez durante o tempo em que viveu na Terra, visível aos olhos do corpo, e comoainda a prega sem cessar, desde que se tornou visível apenas aos olhos do Espírito. Segui o Divino Modelo, segui os seus passos, que vos conduzirão ao lugar de refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como Ele, carregai todos a vossa cruz e subi, sofridamente, mas com coragem, o vosso calvário: a glorificação está no cimo."

Pensemos nisso.



Abraços,


Navarro. ("C. E. Francisco Cândido Xavier" - Av. Alfredo Theodoro de Oliveira, 2195 - Solo Sagrado - São José do Rio Preto - SP).


(Texto de Navarro, gentilmente enviado pelo nosso querido amigo André Sobreiro, via e-mail).

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Por que estudar a Doutrina Espírita?

Se o passe é doação de amor simplesmente, ou seja, doação de energias que colocamos à disposição e ao alcance dos nossos irmãos que se encontram com deficiências, através da imposição das mãos, para o fim de que eles possam ter seus centros vitais reestimulados, recobrando, assim, o equilíbrio e a saúde, por quê, então, fazemos curso de passe?

Se o trabalho prático mediúnico é ato de amor, de compreensão, de compaixão e, acima de tudo, de caridade para com nossos irmãos que se encontram em penumbras ainda mais escuras do que nós, ou seja, se a prática da mediunidade é, antes de mais nada, oportunidade de servir, por quê, então, estudamos para nos sentarmos à mesa reservada ao trabalho mediúnico?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Prece...

Prece sentimento que ampara, consola e prepara.

Acharás sempre consolo, amparo e serenidade quando te entregares com amor, sentindo a presença amorosa do Senhor.

Nos momentos que te achares frágil e perdido, será o momento que conseguirás chegar até o Pai, com tuas preces, pedindo a permissão de compartilhar a Tua paz.

Toda serenidade, toda paz só será possível quando souberes a tua necessidade em tua vida.

Vigiem mais, orem mais e conhecerás realmente a felicidade, saberás que é chegada a hora de preparar-te para novas missões e também saberás e entenderás o porque deste chamado.

O Senhor confia e espera que todos façam de boa vontade.

A prece será a Luz deste caminho.

Dedica-te, não esqueça o quanto és esperado.

(Mensagem recebida pelo Grupo de Estudos de Psicografia da Fraternidade Francisco de Assis em 10/11/2008, informação via e-mail por Ademir Mendes, repassada por Ismael Gobbo).

Dia 13 de Novembro, Dia do Jovem Espírita

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Centro Espírita também requer Organização e Administração

"Dá conta da tua administração"
(Jesus, in Lucas 16:2)


Administração do Centro Espírita

As ciências que surgem no mundo servem para facilitar e orientar a vida das pessoas, assim sendo, justo é que sejam aproveitadas da melhor forma possível.

E a Doutrina Espírita, estabelecida com bases científicas, não pode fugir a essa regra, por isso, levantamos alguns pontos importantes, concernentes a Ciência da Administração de Empresas e que podem ser aplicados na Administração do Centro Espírita.
Em primeiro lugar é preciso que se defina a missão do Centro Espírita, que deve ser colocada de maneira simples, clara e objetiva – Missão do Centro Espírita: Ensinar o Espiritismo; criar campo propício para que as pessoas evoluam intelectual e moralmente, colaborando para a construção de um mundo melhor.
Após a definição da missão do Centro Espírita, que certamente lhe dará um norte a seguir, sem devaneios desnecessários, o dirigente espírita pode começar a colocar em prática as ferramentas que traz a Ciência da Administração.
Os quatro princípios básicos do administrador que são: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar, podem perfeitamente ser adequados no dia a dia do Centro Espírita, de modo que ao aplicá-los, o dirigente irá sentir sensível melhora na qualidade das atividades.
Vejamos:
Planejar: Quando falamos em planejar, estamos em realidade dando o primeiro passo para o acerto, pois planejando começamos a desenhar as atividades que queremos desenvolver. É importante colocar esse planejamento no papel, pois evita-se a perda de foco, desperdício de tempo e energia.
Ao contrário do que muitos pensam, o planejamento não é estático e pode ser mudado se se constatar essa necessidade.
Outro dia um amigo comentou que as reuniões de estudo de “O Livro dos Espíritos” no centro que ele freqüenta, e que eram realizadas às terças feiras, estavam com os dias contados para acabar. O motivo: As terças feiras é um dia complicado para a maioria dos freqüentadores do centro. Justamente ai entra o planejamento, ao planejar, conhece-se o perfil e as necessidades das pessoas interessadas nas reuniões. Esse planejamento evitaria o possível rompimento das reuniões de estudo, pois poderiam ser efetivadas em um outro dia, mais acessível aos freqüentadores.
Organizar: A organização ditará a maneira mais apropriada de se utilizar os recursos humanos e materiais disponíveis. Com ela ganha-se em agilidade e eficácia. Para se organizar é importante ressaltar prioridades e serviços mais urgentes dando-lhes o devido encaminhamento, obedecendo sempre uma seqüência lógica. Essa questão pode parecer óbvia, contudo, a experiência demonstra que muitas pessoas se perdem justamente na hora de organizar as atividades que estão desenvolvendo.
Dirigir: Nessa questão o dirigente irá coordenar como as atividades serão realizadas. É importante delegar tarefas, porque delegando, cria-se uma atmosfera de confiança, onde o caminho vai gradativamente sendo preparado à outro companheiro que um dia poderá ocupar seu lugar na direção do Centro. Nada de pensar que as coisas só funcionam de nosso modo, pois isso tira o foco dos objetivos que foram traçados.
Lembrando sempre que o líder real é aquele que antes de mais nada prepara caminhos para que as coisas funcionem em sua ausência.
Controlar: Ao controlar o dirigente terá oportunidade de fazer um balanço dos resultados das atividades que foram desenvolvidas. Ao medir se os resultados alcançados foram satisfatórios, o dirigente terá em mãos subsídios para conversar com colaboradores, e se necessário traçar novos rumos, remodelar atividades, implantar outras, proporcionando ao Centro Espírita que dirige uma melhoria contínua.
Essas ferramentas são importantes e podem facilitar o trabalho do dirigente espírita, contudo, o que irá legitimar o trabalho desenvolvido no Centro, será primar pelo ensino da Doutrina Espírita sem invenções desnecessárias e do Evangelho de Jesus – esse farol – que ilumina consciências, aquece corações e faz prevalecer a fraternidade diante da burocracia


(Texto de Wellington Balbo, Bauru/SP, recebido via e-mail).



"Quando os homens forem bons, organizarão boas instituições,

que serão duráveis, porque todos terão interesse
em conservá-las. O progresso geral é o resultante de todos
os progressos individuais."
(Allan Kardec - "Obras Póstumas")

Rodovia na divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais ganha nome de Chico Xavier



Presidência da República

Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos



                     LEI Nº 12.065, DE 29 DE OUTUBRO DE 2009.

                                         Denomina Chico Xavier o trecho da rodovia BR-050, entre a divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais e a divisa dos Municípios de Uberaba com Uberlândia, em Minas Gerais.



                       O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

                       Art. 1o É denominado Chico Xavier o trecho da rodovia BR-050, entre a divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais e a divisa dos Municípios de Uberaba com Uberlândia, no Estado de Minas Gerais.


                      Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

                      Brasília, 29 de outubro de 2009; 188o da Independência e 121o da República.






JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
Alfredo Nascimento



Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.10.2009.

Espiritismo na TV Globo

Dentro da programação da série "Sagrado" que a TV Globo tem levado ao ar de segunda a sexta-feira, no horário das 6:05 horas, e no domingo às 6:50 horas, a participação do Espiritismo, nesta quinzena, ocorre nos dias 05 e 08 de novembro. Como desdobramento desta série, o programa "Mais Você", da apresentadora Ana Maria Braga, tem feito entrevistas com os apresentadores de cada religião.

Hoje, dia 06 de novembro, sexta-feira, foi a vez de focalizar o Espiritismo com a participação do ator Carlos Vereza e entrevista com o diretor da FEB, Cesar Perri. Confira alguns vídeos no portal da FEB, no Canal Assessoria de Imprensa, Espiritismo na Mídia. Informações: http://www.sagrado.org.br/ e http://www.febnet.org.br/

É, meus queridos amigos e leitores, mais uma evidência de que é chegado o tempo de se cumprirem as Sagradas Escrituras, onde o Mestre Jesus nos deixou a promessa de que enviaria o Consolador e o legado de que todos nós, um dia, poderíamos fazer o que Ele fez e muito mais. É chegado o tempo, portanto, de aprendizado e divulgação da Verdade da qual os Espíritos Superiores vêm nos alertando e atentando para o fato de que não ficará escondida por muito mais tempo. É chegado, enfim, o tempo de libertar-nos: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará" (João 8:32).
Bendita Doutrina Espírita que nos fortalece na esperança do melhor e no entendimento e compreensão do caminho para se chegar ao gozo das bem-aventuranças!

Abraços fraternos!!!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Realidade cotidiana!

A Justiça e a Bondade

Conversava-se sobre o exercício da bondade e da justiça nos serviços filantrópicos de assistência aos carentes de todos os matizes. Chico Xavier comentou, bem-humorado:
– Ser bonzinho é fácil; difícil é ser justo.
Disse muito em poucas palavras. Em face de nossas limitações, é complicado conciliar a bondade com a justiça.
A mulher paupérrima, com um filho nos braços e outro grudado em sua saia, bate à porta. Compadecemo-nos e imediatamente lhe estendemos uns trocados. Ela se acostuma. Vem solicitar socorro, periodicamente. Damos-lhe algo, bondosamente. Bondade capenga, na base do vá embora logo e não me incomode. Aliviamos a consciência e nos livramos de sua presença.
Estaremos exercitando a justiça? Certamente, não. Justo seria conversar com ela, definir melhor suas carências, anotar seu endereço, visitá-la… Saber de suas reais condições. E se for viciada em viver de favores? Estaremos alimentando sua indolência.
Por outro lado, se for realmente necessitada, poderemos encaminhá-la a recursos da comunidade, instituições filantrópicas, órgãos governamentais, institutos de educação…
Faltam não apenas recursos aos carentes. Falta-lhes também orientação, estímulo, para que possam buscar a própria promoção, melhorando de vida. Um trabalho bem orientado nesse sentido, favorecendo a conciliação da justiça com a bondade, dificilmente será exercitado de forma isolada. Fundamental que participemos de obras sociais de benemerência, na condição de voluntários, para serviços diversos, visando o atendimento da população carente.
Aí, sim, estaríamos fazendo justiça e exercitando a verdadeira beneficência, que é, segundo Jesus, o empenho de nos colocarmos no lugar do outro, procurando sentir suas limitações e necessidades, dando-lhe apoio efetivo, além da simples esmola.
Há o reverso da moeda – a justiça sem bondade. As pessoas a exercitam quando criticam acremente aqueles que se comprometeram na violência, no vício, no crime, no desatino.
– Bandido tem que apodrecer na cadeia!
– É preciso instituir a pena de morte!
– Polícia deve atirar para matar!
– Se um facínora desses agir assim com filho meu, acabo com ele!
– Mulher adúltera tem que ser escorraçada do lar!
Para o homem comum, reações dessa natureza representam um exercício de justiça, uma reação ao mal, mas é a justiça de Moisés, do olho por olho, dente por dente.
Ocorre que ela cheira a vingança e foi superada pela orientação de Jesus, que textualmente, ensina (Mateus, 5:20): Pois vos digo que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos Céus.
Esse componente que vai além do olho por olho de Moisés é a bondade, que se coloca no lugar daquele que se comprometeu no mal, buscando identificar os fatores adversos que pesaram em seu comportamento.
Não é novidade nenhuma que a grande maioria dos criminosos é de extrema carência cultural e espiritual, que os leva a apelar para a delinqüência a fim de resolver seus problemas. E podem ocorrer funestas conseqüências. Por não termos exercitado a bondade temperada de justiça, com aquela mãe que batia à nossa porta, seu filho, por falta de orientação e amparo, poderá converter-se no criminoso que nos agredirá, inspirando indignação e o desejo de que lhe sejam longas e pesadas as grades.
Acabamos falhando em dois tempos.
Ontem.
Fomos bonzinhos com a pobre mãe, esquecendo a justiça.
Hoje.
Queremos os rigores da justiça para seu filho, esquecendo a bondade.
(Texto de Richard Simonetti, recebido por e-mail).













Richard Simonetti

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dia do Inventor

Meus amigos,


Comemora-se hoje, o "Dia do Inventor".
Paulo de Tarso disse: “A ciência incha, mas o amor edifica.” (I Co 8:1).
O "Consolador" - "O Livro dos Espíritos" - (Jo14:26) nos fala:

"779 - O homem traz em si o impulso de progredir ou o progresso é apenasfruto de um ensinamento?


O homem se desenvolve naturalmente, mas nem todos progridem ao mesmo tempo e do mesmo modo; é assim que os mais avançados ajudam pelo contato social o progresso dos outros."



ALIANÇA DA CIÊNCIA E DA RELIGIÃO


A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana.
Uma revela as leis do mundo material e, a outra, as leis do mundo moral. Ambas as leis, tendo, no entanto, o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se, visto que, se uma contrariar a outra, uma terá necessariamente razão enquanto que a outra não a terá, já que Deus não destruiria sua própria obra. A falta de harmonia e coerência que se acreditou existir entre essas duas ordens de ideias baseia-se num erro de observação e nos princípios exclusivistas de uma e de outra parte. Daí resultou uma luta e uma colisão de ideias que deram origem à incredulidade e à intolerância.
São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo devem receber seu complemento; em que o véu propositadamente deixado sobre algumas partes desses ensinamentos deve ser erguido. A
Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, deve levar em conta o elemento espiritual; a Religião deve reconhecer as leis orgânicas e imutáveis da matéria. Então, essas duas forças, juntas, apoiando-se uma na outra, se ajudarão mutuamente. A Religião, não sendo mais desmentida pela Ciência, adquirirá um poder inabalável, estará de acordo com a razão, já não podendo mais se opor à irresistível lógica dos fatos. A Ciência e a Religião não puderam se entender até os dias atuais, pois, cada uma examinando as coisas do seu ponto de vista exclusivo, repeliam-se mutuamente. Seria preciso alguma coisa para preencher o espaço que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e da sua afinidade e harmonia com o mundo corporal, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Estas afinidades, uma vez constatadas pela experiência, fazem surgir uma nova luz: a fé se dirigiu à razão, a razão não encontrou nada de ilógico na fé, e o materialismo foi vencido. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam para trás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir ao invés de o acompanhar. É toda uma revolução moral que se opera neste momento e que trabalha e aperfeiçoa os espíritos. Após ser elaborada durante mais de dezoito séculos, ela chega à sua plena realização e vai marcar uma nova era da Humanidade.
As conseqüências dessa revolução são fáceis de se prever: deve trazer para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém poderá se opor, porque estão na vontade de Deus e resultam da lei do progresso, que é sua Lei.

Pensemos nisso.


Abraços,

Navarro. ("C. E. Francisco Cândido Xavier" - Av. Alfredo Theodoro de Oliveira, 2195 - Solo Sagrado - São José do Rio Preto - SP).




(Texto de Navarro, gentilmente enviado pelo nosso querido amigo André Sobreiro, via e-mail).


Conheçam o Esperanto (http://www.esperanto.org.br/).


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Apresentando "O Livro dos Espíritos"


              "Filosofia espiritualista contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade, segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, compilados e ordenados por Allan Kardec."

Sabe qual é o meu nome?

Chamo-me "O Livro dos Espíritos" (Le Livre des Esprits), mas pode me chamar simplesmente de LE, e apresento-me em forma de perguntas e respostas. Ao todo, são 1.019 questões dirigidas àqueles que Kardec chamou de Espíritos. Fui o primeiro de uma série de cinco livros (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese) editados pelo educador e pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo Allan Kardec.

Fui lançado em Paris, em 18 de abril de 1857 e sou considerado uma obra básica da Doutrina Espírita.

Minha primeira edição continha 501 perguntas e me dividia em três partes: "Doutrina Espírita", "Leis Morais" e "Esperanças e Consolações".

A partir da minha segunda edição, lançada em 16 de março de 1860, com ampla revisão de Kardec mediante o contato com grupos espíritas de cerca de 15 países da Europa e das Américas é que apareceram as atuais 1.019 perguntas e respostas, lembrando que sou dividido em quatro livros, como comumente se dividiam as obras filosóficas à época, a saber:

I) Das causas primárias - abordando as noções de divindade, Criação e elementos fundamentais do Universo;

II) Do mundo dos Espíritos - analisando a noção de Espírito e toda a série de imperativos que se ligam a esse conceito, a finalidade de sua existência, seu potencial de auto-aperfeiçoamento, sua pré e sua pós-existência e ainda as relações que estabelece com a matéria (com os homens);

III) Das leis morais - trabalhando com o conceito de Leis de Ordem Moral a que estaria submetida toda a Criação, quais sejam as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e justiça, amor e caridade;

IV) Das esperanças e consolações - concluindo com ponderações acerca do futuro do homem, seu estado após a morte, as alegrias e obstáculos que encontra no além-túmulo.

Tomei a liberdade de me apresentar a fim de te responder algumas perguntas. Assim, por exemplo, se você quiser saber sobre o porquê da Existência, leia a Q. 132; ou, caso queira saber sobre um modelo de conduta, procure na Q. 624.

Se você ainda tiver curiosidade sobre os pactos com os Espíritos, Q. 549. Sobre o casamento, Q. 696; poligamia, Q. 700.

Mais adiante, posso esclarecer ainda sobre a inércia do ser quanto à vida e às leis do bem, basta olhar a Q. 642.

Também posso te dar uma ideia, de acordo com o seu grau de adiantamento no campo da compreensão espiritual, do que é Deus, na Q. 01. Ou ainda se o homem pode saber tudo sobre tudo, na Q. 17.

Sono, Q. 402; sonambulismo, Q. 425. De onde vieram os seres humanos? Q. 43. Os Espíritos podem influenciar os encarnados? Q. 459. Qual a ocupação dos Espíritos? Q. 558. A necessidade do trabalho? Q. 674. Os seus limites? Q. 683. Para que servem os bens materiais na Terra? Q. 712. Morrer dói? Q. 154. E sobre a preocupação com a morte? Q. 941. Existem anjos ou demônios? Q. 128. Reencarnação existe? Q. 166. Entre os Espíritos existem classes? Q. 96. Espírito tem sexo? Q. 200. Por que a diversidade das raças humanas? Q. 52. E as antipatias? Qs. 297, 303, 386 e 390. Onde se instruíram as pessoas superdotadas? Q. 361. Por que nascem na Terra loucos e idiotas? Q. 371. Podemos lembrar outras vidas? Q. 392. E o futuro pode ser revelado? Q. 868. É melhor ser pobre ou rico? Q. 814. E as desigualdades sociais? Q. 806. Por que as leis humanas são instáveis? Q. 895. E a pena de morte? Q. 760. E por que as guerras? Q. 742. E os grandes flagelos sociais? Q. 737. É bom ser egoísta? Mas, o que é o egoísmo? Q. 913. Como melhorar a vida? Q. 919. Falar com os mortos é profano? Q. 935. Paraíso existe? Q. 1.001. O que é felicidade? Q. 920. Afinal, para que serve o Espiritismo? Basta ver a conclusão final.

Por fim, gostaria de salientar que não tenho a pretensão de mudar hábitos ou ideias, mas sim informar humildemente um pouco sobre a Doutrina Espírita, hoje tão comentada, a fim de no futuro podermos dizer: Olhei e observei. Quem sabe se me convém? Eu mesmo!

Atendendo aos chamamentos das manifestações mediúnicas que se difundiam por toda a parte do Globo Terrestre, primeiro na Europa e depois na América, para que os intelectuais da época tivessem a curiosidade de pesquisar e estudar tais fatos como uma oportunidade de um despertar para a realidade da vida, na descoberta do verdadeiro caminho que o ser humano deveria seguir para o seu triunfo espiritual, em vez de encará-los como fenômenos sobrenaturais ou apresentações circenses (como divulgavam o "fenômeno" das comunicações do plano espiritual com o plano material na época), movido pela própria curiosidade de entender os acontecimentos, Kardec se propôs a iniciar um estudo sistematizado e meticuloso das respostas dadas por aqueles que chamou de Espíritos, por meio das diversas manifestações mediúnicas, através de diversos médiuns, e em diversas localidades de diversos países.

Assim, Kardec teve suficiente material para compor o obra de que vos falamos: "O Livro dos Espíritos".

"O Livro dos Espíritos" surgiu justamente na época do positivismo de August Comte (1844) e do materialismo histórico de Karl Marx (1867), em que a matéria era a forma mais lógica do pensamento científico daquele século, de modo que o livro de Kardec veio se contrapor aos intelectuais, visto que estes não aceitavam a fenomenologia de algo transcendental que buscava a transformação do espírito/alma em vez de alimentar a inferioridade.

Diante disso, Kardec buscou utilizar as técnicas científicas, tomando o máximo de cuidado na sua investigação pormenorizada, pois não tinha a menor intenção de bater de frente com aquela sociedade tradicionalista, conservadora e, sobretudo, sustentada pelos dogmas da Igreja, para não pairar dúvidas quanto à seriedade de seu trabalho e mostrar a todos que as mensagens que recebia eram de pessoas que viveram em um corpo físico e que agora estavam "mortas" (na linguagem popular), mas que, mesmo assim, podiam se comunicar com os que estavam "vivos" no Planeta, o que, como era natural, era muito difícil de muitos compreenderem.

Na capa da obra está o nome do autor, ou melhor explicando, o seu pseudônimo Allan Kardec, visto que o seu nome era Hippolyte Léon Denizard Rivail. Rivail optou por usar um pseudônimo para diferenciar sua temática (Espírita) da de suas obras anteriores, voltadas à educação e à pedagogia, como educador e pedagogo que era.

No cabeçalho, encontramos a inscrição "Filosofia Espiritualista" cuja razão de tal inscrição é o fato de que "O Livro dos Espíritos" contém a Doutrina Espírita como especialidade e, como generalidade, a obra se prende à doutrina espiritualista (vejamos que a doutrina espírita é diferente da doutrina espiritualista. Criados por Kardec, os termos "Espiritismo" e "Doutrina Espírita" encontram minuciosa explicação na Introdução de "O Livro dos Espíritos").

De uma grande profundidade filosófica e psicológica, "O Livro dos Espíritos" possui passagens e reflexões que vão muito além do nível de conhecimento ordinário de sua época de publicação, inclusive no que tange aos aspectos científicos da obra.

Apenas a exemplo, citemos de passagem a noção de "evolução das epécies vivas" dada pelos Espíritos e comentada por Kardec, publicada nesta obra (em "O Livro dos Espíritos") um ano antes do livro seminal de Charles Darwin, denominado de "A Origem das Espécies".

Também podemos citar, ainda, a questão da "identidade entre matéria e energia" (chamada por Kardec de "fluido universal"), as quais se diferenciam entre si apenas por um estado de condensação da energia, muito antes de Albert Einstein. A descrição de Kardec do fluido universal lembra a do conceito de "orgônio", ou "orgon", dado pelo psicanalista Wilhelm Reich, "pai da Bioenergética."

De igual modo, as noções de percepção de consciência como sendo diferentes manifestações de maturação psíquica lembra, e muito, as atuais abordagens da Psicologia, principalmente da chamada "Psicologia Transpessoal". Há momentos também que em que a apresentação da doutrina em "O Livro dos Espíritos" não fica a dever em nada às melhores teorias da personalidade da "Psicologia Moderna".

Da mesma forma, os fundamentos e as causas do processo da reencarnação são idênticos aos fundamentos e causas postulados por alguns psicoterapêutas (muitos dos quais não conhecem Kardec) e que, por meios de desenvolvimento e pesquisas diversas, a partir do atendimento clínico de pacientes, chegaram à técnica da Terapia de Vidas Passadas (TVP).

E a filosofia de vida que a doutrina estimula a adotarmos é, em muitos pontos, similar às condições propícias ao desenvolvimento da auto-atualização (reforma íntima) que é o lema de alguns psicólogos humanistas renomados.

A noção de animismo ainda aponta para o conceito de inconsciente que teve em Sigmund Freud seu mais sério teórico. A de evolução espiritual lembra o processo de individuação postulado pelo gênio de Carl Gustav Jung.

Mas, o que é ainda mais assombroso, é que Kardec logo reconheceria que seu estudo sobre a comunicação daqueles que chamou de Espíritos (ou forças inteligentes, como eles mesmos se diziam ser), estudo ao qual chamou de Espiritismo, não trazia nada de realmente novo, a não ser o fato de estes "fenômenos" serem vistos e entendidos sob a ótica moderna e científica, deixando de se apresentar como espetáculos circenses, maravilhosos e sobrenaturais.

Assim concluiu Kardec: "(...) Constituindo uma lei da natureza, os fenômenos estudados  pelo Espiritismo hão de ter existido desde a origem dos tempos e sempre nos esforçamos por demonstrar que dele se desdobrem sinais na antiguidade mais remota. Pitágoras, como se sabe, não foi o autor da mentempsicose (ou seja, da transmigração da alma pela reencarnação); ele o colheu dos filósofos indianos e dos egípcios, que o tinham desde tempos imemoráveis (...) o que não padece dúvidas é que uma ideia não atravessa séculos e séculos, e nem consegue impor-se à inteligências de escol, se não contiver algo de sério (...)" (Kardec, p. 143, de O Livro dos Espíritos, ed. FEB).

Também em "O Livro dos Espíritos" Kardec teceu comentários sobre a ancestralidade das ideias básicas do Espiritismo (Capítulo V) e, ainda, como os fenômenos ditos espíritas são universais.

Um dos mais antigos e claros registros, dentro da nossa tradição judaico-cristã, a respeito de que os fenômenos espíritas, especialmente o da comunicação entre "vivos" e "mortos", são mencionados e reconhecidos como existentes em todas as épocas da humanidade, qualquer que seja a cultura considerada, é a referência bíblica que está em 1 Samuel 28:7-19, onde Saul visita a pitonisa (médium) de En-Dor, que lhe possibilitou a comunicação com o espírito do profeta Samuel.

Além disso, a ideia da reencarnação, por exemplo, é tão antiga e universal quanto a própria humanidade (ver Capítulo V, de LE) e é a base de diversas tradições filosóficas e religiosas do Oriente, como o Budismo e o Hinduismo, e das religiões pré-cristãs da Europa, como a dos Druidas ou, posteriormente, baseado no cristianismo, o posicionamento de alguns pais da Igreja, antes do Concílio de Constantinopla, em 533, quando a doutrina reencarnacionista foi abolida por motivos políticos, mas que, ainda assim, é encontrada em figuras excepcionais da Igreja, como Orígenes de Alexandria, por exemplo.

Ainda houve a presença de alguns movimentos fortemente contestatórios da ação da Igreja Romana, como a de Cátaros, embora os conhecimentos antropológicos, históricos e sociológicos de seu tempo não permitissem que Kardec fosse muito mais além na análise destas tradições, filosofias e ocorrências históricas.

Kardec ainda fez absoluta questão de expor seus estudos de forma racional, sem cair nas armadilhas do discurso místico ordinário (este mais levado pela emoção e pela fantasia do que pela razão), a partir de fatos, fenômenos e percepções reais, com o máximo zelo à análise e ao cuidado da descrição dos mesmos a partir de sólidos referenciais lógicos.

Não era, portanto, a intenção de Kardec fundar uma religião. Para ele, "a ciência espírita compreende duas partes: uma experimental, relativa às manifestações em geral; a outra filosófica, relativa às manifestações inteligentes e suas consequências" (Kardec, in "O Livro dos Espíritos", tópico XVII, da Introdução).

O aspecto moral da doutrina, resultante da filosofia espírita, foi posteriormente confundido com o aspecto religioso. Por possibilitar, através de sua filosofia, uma religação efetiva com a dimensão espiritual do homem, o espiritismo permite usufruir ao seu estudioso um sentimento de religiosidade, no sentido latino do termo religare, ou seja, de se religar com algo superior, transcendente, que vai muito além do sentido atual da palavra religião, que é o que preenche de fato a doutrina espírita.

Kardec também nos fala que o Espiritismo é uma ciência e uma filosofia e, por essa razão, "é, pois, a mais potente auxiliar da religião" (Kardec, O Livro dos Espíritos, p. 111, da edição da FEB).

É assim, pois, que, não sendo uma religião em si, respeita todas as religiões, eis que elas são a expressão da ânsia humana pelo sublime e pelo transcendente.

Enfim, Kardec, em "O Livro dos Espíritos", criou as bases do movimento espírita que não condena ninguém, recebe a todos de braços abertos e, no entanto, busca esclarecer que a essência da vida, material ou não, sua realidade, não é algo transcendental, mas decorre de leis naturais universais.

Não devemos ter "O Livro dos Espíritos" como a verdade máxima de todas as verdades, mas um livro que ensina como descobrir o caminho da compreensão, da luz, e da felicidade.

Kardec tinha plena consciência do fato de que os conhecimentos adquiridos em seus estudos eram apenas o primeiro passo de uma longa jornada e, como nos fala o grande escritor Léon Denis em sua obra "Depois da Morte", no Capítulo XX, "a doutrina de Allan Kardec, nascida (como já assinalamos acima) da observação metódica, da experiência rigorosa, não se torna um sitema definido, imutável, fora e acima das conquistas futuras da ciência. Resultado combinado de conhecimentos dos dois mundos, de duas humanidades de planos paralelos penetrando-se uma na outra, ambas, porém, imperfeitas e a caminho do entendimento de verdades mais profundas, do desconhecido, a Doutrina dos Espíritos transforma-se sem cessar, pelo trabalho e pelo progresso, e (...) acha-se aberta às retificações, aos esclarecimentos do futuro."

Nada no Universo está inerte. Tudo caminha para a evolução e para o progresso. Da mesma forma as ciências também evoluem para uma compreensão mais holística do Homem e do Universo. Por essa razão temos que a Verdade é muito ampla para estar contida apenas nas obras do primeiro período da codificação.

Neste sentido, é bom relembrar mais algumas palavras do próprio Kardec: "O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai encontrar-se com as bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a Alma e a Vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos reais, nenhum tomou o título de sacerdote ou de sumo sacerdote (...). O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; proclama-a para seus adéptos assim como para todas as pessoas. Respeita todas as convicções sinceras e faz questão de reciprocidade." (Kardec, in "Obras Póstumas" - Ligeira Resposta aos Detratores do Espiritismo, pp. 260 e 261, 21. edição, FEB).

Muita paz!