"O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai encontrar-se com as bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a Alma e a Vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos reais, nenhum tomou o título de sacerdote ou de sumo sacerdote (...). O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; proclama-a para seus adéptos assim como para todas as pessoas. Respeita todas as convicções sinceras e faz questão de reciprocidade." (Kardec)


sexta-feira, 30 de abril de 2010

Vamos divulgar

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sobre o preconceito para com a Doutrina Espírita...

Queridos amigos e leitores do Blog, infelizmente temos presenciado alguns tristes episódios em que se têm tratado a Doutrina Espírita com preconceito, e até mesmo com discriminação, os quais não citaremos aqui para não fortalecermos essa corrente de negativismo e, principalmente, para não abrirmos as portas ao julgamento infeliz.

Entretanto, meus caros, não nos incomodemos com o desdém e o descaso com que alguns têm tratado essa Doutrina que tanto nos conforta e nos tem fortalecido e esclarecido. Ao contrário, compreendamos os nossos irmãos que ainda demoram na ignorância e tenhamos paciência com aqueles que não pensam e nem agem como nós ou como nós gostaríamos que pensassem ou agissem.

É natural que surjam divergências de opiniões e até mesmo manifestações enérgicas contrárias ao Pensamento Espírita. Não nos esqueçamos de que cada um de nós cumprimos na Terra a nossa parcela de aperfeiçoamento, e que cada um de nós nos encontramos, na escala da evolução, em graus de dificuldade dos mais variados.

Muitas vezes, aqueles que criticam não têm a responsabilidade de assim procederem. O próprio Evangelho nos alerta de que "a resistência do incrédulo, é preciso admitir, muitas vezes deve-se menos a ele que à maneira pela qual as coisas lhes são apresentadas".

Por essas razões, meus caros, livremo-nos dos julgamentos infelizes, de modo que, apontando nossos irmãos, estaremos nos colocando em situação tão grave quanto à daqueles que julgam, que apontam e que criticam sem conhecer, ou, ainda, em situação pior à deles, eis que já possuímos o mínimo de esclarecimento.

Levemos a efeito os ensinamentos do Cristo, sejamos humildes e tenhamos compaixão para com o próximo. Sejamos indulgentes. Aceitemos que, tanto quanto o nosso irmão, somos seres imperfeitos, criados para evoluir e, principalmente, amados igualmente pelo Criador. Admitamos que nenhum de nós ainda, na face da Terra, sabemos responder sem revidar, esclarecer sem ofender, pedir sem exigir e ensinar sem impor. Todos nós, igualmente, somos carecedores do perdão do Pai e da Sua Misericórdia. Portanto, sejamos indulgentes para com os nossos semelhantes, pois, se não somos capazes de sê-lo para com nossos irmãos que são exatamente iguais a nós, como poderemos desejar que o Pai, que a tudo vê e nos é Soberano, seja indulgente para com nós mesmos?

Que possamos refletir!

sábado, 24 de abril de 2010

Dica de Leitura - "Notáveis Reportagens com Chico Xavier" (IDE)


          "Notáveis Reportagens com Chico Xavier" - Livro registra a primeira grande aparição de Chico Xavier na mídia. Contém as célebres reportagens do jornalista Clementino de Alencar para “O Globo”, do Rio de Janeiro, no ano de 1935. O livro organizado por Hércio Marcos Cintra Arantes, editado pelo IDE, Araras/SP, é indicado para aqueles que queiram conhecer um dos principais momentos de Chico Xavier na mídia do Brasil. Todo ilustrado. É uma preciosidade.

Vem aí VI Congresso Espírita Mundial, em Valência na Espanha

Há 153 anos, depois do lançamento (de "O Livro dos Espíritos"), por Orson Peter Carrara

Obra ensejou diversas manifestações

São notáveis as manifestações iniciais sobre impressões decorrentes do lançamento de "O Livro dos Espíritos". Allan Kardec publicou as principais delas em sua Revista Espírita[1], de janeiro de 1858, mês em que a publicação foi lançada.

O jornal Courrier de Paris, de 11 de junho de 1857, em artigo assinado por G. Du Chalard, estampou comentários muito interessantes que transcrevemos parcialmente, mas recomendamos com ênfase a leitura na íntegra diretamente no original:

“(...) Quem escreveu aquela introdução que abre 'O Livro dos Espíritos' deve ter a alma aberta a todos os sentimentos nobres.

(...) Muitas vezes nos interrogávamos e, durante muito tempo, antes de ter ouvido falar em médiuns, a respeito do que se passava nas regiões que se convencionou chamar o alto. Há tempo chegamos mesmo a esboçar uma teoria sobre os mundos invisíveis, guardando-a ciosamente para nós e nos sentimos muito felizes porque a encontramos, quase que por inteiro, no livro do Sr. Allan Kardec.

A todos os deserdados da Terra, a todos quantos marcham e que, nas suas quedas, regam com as lágrimas o pó da estrada, diremos: Lede O Livro dos Espíritos; ele vos tornará mais fortes. Também aos felizes, aos que pelo caminho só encontram as aclamações e os sorrisos da fortuna, diremos: Estudai-o e ele vos tornará melhores.

O corpo da obra, diz o Sr. Allan Kardec, deve ser atribuído inteiramente aos Espíritos que o ditaram. Está admiravelmente dividido no sistema de perguntas e respostas. Por vezes estas últimas são de uma bondade sublime, o que não nos surpreende. Mas não foi necessário um grande mérito a quem as pôde provocar? (...).

Lendo as admiráveis respostas dos espíritos na obra do Sr. Allan Kardec, constatamos que há ali matéria para um belo livro. Logo verificamos, entretanto, o nosso engano: o livro já está escrito (...).

O sr. é homem de estudo e tem aquela boa-fé que apenas necessita instruir-se? Então leia o livro primeiro sobre a doutrina espírita.

Está na classe das criaturas que apenas se ocupam consigo mesmas e que, como se costuma dizer, fazem os seus negócios muito tranqüilamente e nada enxergam além dos próprios interesses? Leia as Leis Morais.

A desgraça o persegue encarniçadamente e a dúvida o tortura por vezes no seu abraço gelado? Estude o terceiro livro: Esperanças e Consolações.

Todos quantos aninham pensamentos nobres no coração e acreditam no bem, leiam o livro da primeira à última página.

Aos que encontrassem matéria para zombaria, o nosso sincero lamento”.

* * *

Em outras duas cartas recebidas, que Kardec também publicou na mesma edição da Revista Espírita, destacamos novamente em transcrição parcial:

a) “(...) Impossível descrever o efeito em mim produzido: sinto-me como um homem que saiu da escuridão; parece-me que uma porta, até hoje fechada, abriu-se subitamente; minhas idéias ampliaram-se em poucas horas! Oh! Quanto a humanidade e todas essas miseráveis preocupações me parecem mesquinhas e pueris ao lado desse futuro de que não duvidava, mas que me era de tal modo obscurecido pelos preconceitos, que eu apenas o imaginava! Graças ao ensino dos Espíritos, agora se me apresenta sob uma forma definida, perceptível, maior, mais bela, e em harmonia com a majestade do Criador. Quem quer que leia esse livro meditando, como eu, aí encontrará inesgotáveis tesouros de consolações, pois que ele abarca todas as fases da existência. Em minha vida sofri perdas que me afetaram vivamente; hoje não me causam nenhum desgosto e toda minha preocupação é empregar utilmente o tempo e minhas faculdades para acelerar meu progresso, pois agora para mim o bem tem uma finalidade e compreendo que uma vida inútil é uma vida egoística, que não nos ajudará a avançar na vida futura.(...).”
b) “(...) Faço meus amigos partilharem das convicções adquiridas na leitura de sua obra; todos se sentem felizes; compreendem agora as desigualdades das posições sociais e não murmuram contra a Providência; a esperança fundamentada num futuro mais feliz, desde que bem se conduzam, os conforta e lhes dá coragem (...).”

A primeira das cartas está assinada apenas como Capitão reformado D... e a segunda com a simples indicação C...

O Codificador cita que recebeu muitas outras correspondências e principalmente questionamentos. Mas a seleção que publicou diz bem dos benefícios que a obra trouxe, já em seu lançamento, para aqueles que a estudaram sem prevenção e com o sincero desejo do próprio aperfeiçoamento.

E até hoje a obra vem espalhando bênçãos de uma doutrina que não tem qualquer espécie de partidarismo ou vinculação a interesses que não sejam o progresso e a felicidade humana, desdobrando o pensamento de Jesus e esclarecendo sobre as Divinas Leis que nos dirigem.
___________
Nota: (1) Tradução de Julio Abreu Filho, edição da Edicel.



(in Informativo Eletrônico "Notícias do Movimento Espírita", de Ismael Gobbo).

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Manhã de 18 de abril, por Amilcar Del Chiaro Filho

Neste mês de abril, "O Livro dos Espíritos" completa 153 anos. Se lembrarmos a manhã de 18 de abril de 1857, quando o livro surgiu na livraria Dentú, de certa forma timidamente, pois dele não se fizera propaganda, porque ainda não tinha sido liberado pela censura do governo ditatorial de Napoleão III, e ao examinarmos os milhões de exemplares vendidos nestes 153 anos, certamente ficamos agradavelmente surpreendidos.

Se a segunda edição saiu apenas em 1860, porque o livro foi aumentado de 501 para 1019 perguntas e inseridos muitos ensaios e comentários do próprio Kardec e dos espíritos, surpreendemo-nos mais uma vez ao saber que, quando o corpo de Kardec estava sendo sepultado, estava saindo a 16ª edição francesa, sem contar as inúmeras edições em outras línguas, especialmente o espanhol e o português.

Herculano Pires escreveu uma linda e objetiva introdução para a Editora LAKE, na qual, até hoje, encontramos a beleza, singeleza e lucidez de um texto escrito com cérebro e coração. Leiam este pequeno trecho:

"Nunca houve um diálogo como este. Jamais um homem se debruçou, com toda segurança do homem moderno, nas bordas do abismo do incognoscível, para interrogá-lo, ouvir as suas vozes misteriosas, contradizê-lo, discutir com ele, e afinal arrancar-lhe os mais íntimos segredos. E nunca, também, o abismo se mostrou tão dócil, e até mesmo desejoso de se revelar ao homem em todos os seus aspetos".

Neste pequeno texto encontramos um verdadeiro filão de ouro de conhecimentos. Mais ou menos na mesma época de Kardec, através do microscópio inventado por Lewenhok e aperfeiçoado por outros, Pasteur lançou o seu olhar perqueridor sobre o mundo dos infinitamente pequenos, para descobrir os microorganismos causadores de doenças. Kardec, não sendo ele próprio médium, como Pasteur não era o microscópio, utilizou médiuns, e debruçou-se sobre o abismo da morte, do mundo dos espíritos, para interrogar e dialogar com os seus habitantes.

Nunca o abismo, ou os moradores deste mundo invisível para nós, mostrara-se tão dócil e tão desejoso de se revelar. Kardec não se limitou a se debruçar sobre o abismo. Usando a mediunidade como ponte, ele penetrou esse mundo, e para conhecê-lo bem, não se limitou a conversar com meia dúzia de espíritos, o que lhe daria uma falsa idéia deste mundo, e sim, milhares de seus habitantes.

Ele mesmo escreveu que para se conhecer as condições de vida de uma cidade, não se pode conversar apenas com uma classe social, mas com representantes de todas as classes sociais.

Feito o contato, os meios se multiplicaram, e com segurança, todos nós podemos nos debruçar sobre esse abismo e contatar os que julgamos mortos.

O Espiritismo veio trazer uma grande contribuição às religiões, a prova provada da imortalidade, porém seus ministros e sacerdotes recusaram essa colaboração e o anatematizaram, porque perceberam que, com o Espiritismo, perdiam a chave que lhes dava o poder, porque era a chave que abria as portas do céu e do inferno.

Cento e cinquenta e três anos de "O Livro dos Espíritos", e a nossa maior homenagem, ainda deve ser o estudo constante e aprofundado desta obra, que se constitui, para nós, como o mais importante livro da humanidade.

(Fonte: http://aeradoespirito.sites.uol.com.br/ , copiado do Informativo eletrônico "Notícias do Movimento Espírita", de Ismael Gobbo).

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Confia...

A frustração, dor ou perda, podem nos levar ao desalento, mas temos a energia interior que nos afasta de vez desse quadro angustiante.
Oremos para que as sombras se dissipem aos raios de luz, que emanam da Misericórdia Divina.
Confia.

Senhor, Livra-nos do egoísmo, do rancor e da prepotência. Ajuda-nos a compreender, relevar e agir com prudência.

RPJ

segunda-feira, 19 de abril de 2010

No dia 18 de Abril comemoramos 153 anos de "O Livro dos Espíritos"

O Livro dos Espíritos
(Maria A. Bergman)

"O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo; preside ao seu advento o Espírito da Verdade (...)"

"Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei ao Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco; O Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê e absolutamente não O conhece. Mas, quanto a vós, conhece-lO-eis, porque ficará convosco e estará em vós. Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito." (João, cap. XIV- v. 15 a 17 e 26).


"O Livro dos Espíritos" é a base do edifício da Doutrina Espírita. Com o seu advento cumpre-se na Terra a promessa evangélica do Consolador, do Paracleto ou Espírito da Verdade.

Ele foi lançado em Paris, na França , em 1a. edição, a 18 de abril de 1857, sob o título de "LE LIVRE DES ESPRITS". Inicialmente com 501 perguntas, tomou o aspecto definitivo com que atualmente o vemos, com 1019 questões, em sua 2a. edição publicada em 18 de março de 1860. (Obs.: Em realidade são 1018 questões).

"O Livro dos Espíritos" é "o código de uma nova fase da evolução humana". Ele não é um livro qualquer, que a gente lê às pressas e esquece numa estante. Temos o dever de estudar suas páginas constantemente, e meditar sobre elas. Constitui-se na pedra fundamental do Espiritismo. A Doutrina Espírita surgiu com este livro. Ele contem os princípios da Doutrina Espírita. Antes dele nem existiam as palavras Espiritismo e espírita, que foram criadas por Allan Kardec, sob a orientação do Espírito da Verdade. Os fatos espíritas, os fenômenos, eram interpretados das mais diversas maneiras, mas após Kardec o ter lançado à publicidade, sempre sob a orientação dos Espíritos Superiores, "uma nova luz brilhou nos horizontes mentais do mundo".

"Cada fase da evolução humana se encerra com uma síntese conceptual de todas as suas realizações. A Bíblia é a síntese da Antigüidade, como o Evangelho é a síntese do mundo greco-romano-judaico, e 'O Livro dos Espíritos' a do mundo moderno. Mas cada síntese não traz em si tão-somente os resultados da evolução realizada, porque encerra também os germens do futuro. E na síntese evangélica temos de considerar, sobretudo, a presença do Messias, como uma intervenção direta do Alto para a reorientação do pensamento terreno. É graças a essa intervenção que os princípios evangélicos passam diretamente, sem necessidade de readaptações ou modificações, em sua pureza primitiva, para as páginas deste livro, como as vigas mestras da edificação da nova era".

"'O Livro dos Espíritos' não é, porém, apenas, a pedra fundamental ou o marco inicial da nova codificação. Porque é o seu próprio delineamento, o seu núcleo central e ao mesmo tempo o arcabouço geral da doutrina. Examinando-o, em relação as demais obras de Kardec, que completam a codificação, verificamos que todas essas obras partem do seu conteúdo. Podemos definir as várias zonas do texto correspondentes a cada uma delas".

"Assim como, na Bíblia, há o núcleo central do Pentateuco, e no Evangelho o do ensino moral do Cristo, em 'O Livro dos Espíritos' podemos encontrar uma parte que se refere a ele mesmo, ao seu próprio conteúdo: é o constante dos Livros I e II, até o capítulo quinto. Este núcleo representa, dentro da esquematização geral da codificação, que encontramos no livro, a parte que a ele corresponde. Quanto aos demais, verificamos o seguinte:

1o.) 'O Livro dos Médiuns', seqüência natural deste livro, que trata essencialmente da parte experimental da doutrina, tem a sua fonte no Livro II, a partir do capítulo sexto até o final. Toda a matéria contida nessa parte é reorganizada e ampliada naquele livro, principalmente a referente ao capítulo nono: 'Intervenção dos Espíritos no mundo corpóreo';

2o.) 'O Evangelho Segundo o Espiritismo' é uma decorrência natural do Livro III, em que são estudadas as leis morais, tratando-se especialmente da aplicação dos princípios da moral evangélica, bem como dos problemas religiosos da adoração, da prece e da prática da caridade. Nessa parte o leitor encontrará, inclusive, as primeiras formas de 'Instruções dos Espíritos', comuns àquele livro, com a transcrição de comunicações por extenso e assinadas, sobre questões evangélicas;

3o) 'O Céu e o Inferno' decorre do Livro IV, 'Esperanças e Consolações', em que são estudados os problemas referentes às penas e aos gozos terrenos e futuros, inclusive com a discussão do dogma das penas eternas e a análise de outros dogmas, como o da ressurreição da carne, e os do paraíso, inferno e purgatório;

4o) 'A Gênese, os milagres e as predições', relaciona-se aos capítulos II, III, e IV do Livro I, e capítulo IX, X e XI do Livro II, assim como as partes dos capítulos do Livro III que tratam dos problemas genésicos e da evolução física da Terra. Por seu sentido amplo, que abrange ao mesmo tempo as questões da formação e do desenvolvimento do globo terreno, e as referentes a passagens evangélicas e escriturísticas, esse livro da codificação se ramifica de maneira mais difusa que os outros, na estrutura da obra-mater;

5o) Os pequenos livros introdutórios ao estudo da doutrina, 'O Principiante Espírita' e 'O que é o Espiritismo', que não se incluem propriamente na codificação, também eles estão diretamente relacionados com 'O Livro dos Espíritos', decorrendo da 'Introdução' e dos 'Prolegômenos'."

"A codificação se apresenta, pois, como um todo homogêneo e conseqüente. À luz desse estudo, caem por terra as tentativas de separar um ou outro livro do bloco da Codificação, como possível expressão de uma forma diferente de pensamento. E note-se que as ligações aqui assinaladas, de maneira apenas formal, podem e devem ser esclarecidas em profundidade, por um estudo minucioso do conteúdo das diversas partes de 'O Livros dos Espíritos', em confronto com os demais livros. Esse estudo exigiria, também, uma análise dos textos primitivos, como a primeira edição deste livro e a primeira de 'O Livro dos Médiuns' e de 'O Evangelho', pois, como se sabe, todas essas obras foram ampliadas por Kardec depois de suas primeiras edições, sempre sob assistência e orientação dos Espíritos".

"Num estudo mais amplo e profundo, seria possível mostrar-se o desenvolvimento de certos temas, que apenas colocados pelo 'O Livro dos Espíritos' vão ter a sua solução em obras posteriores. É o que se verifica, por exemplo, com as ligações do Cristianismo e o Espiritismo, que se definem completamente em 'O Evangelho', ou com o problema controvertido da origem do homem, que vai ter a sua explicação definitiva em 'A Gênese', ou ainda com as questões mediúnicas, solucionadas em 'O Livro dos Médiuns', e as teológicas e escriturísticas em 'O Céu e o Inferno'."

"Convém notar, entretanto, que o desenvolvimento de todas essas questões não representa, em nenhum caso, a modificação dos princípios firmados neste livro. Às vezes, problemas apenas aflorados em 'O Livro dos Espíritos' vão ser desenvolvidos de tal maneira em outras obras, que, ao lê-las, temos a impressão de encontrar novidades. A verdade, entretanto, é que neste livro eles já foram assinalados de maneira sintética. É o que ocorre, por exemplo, com o problema da evolução geral, definida por León Denis naquela frase célebre: 'A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem". Veja-se, a este respeito, a definição do item 540 deste livro, (...)'."

(Este artigo foi compilado por M. A. Bergman, baseando-se inteiramente na magistral "Introdução ao Livro dos Espíritos" de autoria de J. Herculano Pires, em edição especial da LAKE, comemorativa do centenário de "O Livro dos Espíritos", em 18 de abril de 1957, extraído do Informativo Eletrônico "Notícias do Movimento Espírita", de Ismael Gobbo)


Chico Xavier - Homenagem do Senado Federal a Chico


O Senado dedicou o período reservado ao expediente da sessão desta quinta-feira (15) a homenagear o centenário de nascimento do líder espírita e médium Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier. Falando em nome da Presidência do Senado, o vice-presidente senador Marconi Perillo (PSDB-GO) disse que Xavier deixou um legado de exemplos de como aplicar na vida cotidiana a máxima baseada no Evangelho: "Fora da caridade não há salvação". Perillo é o autor do requerimento da homenagem.

- Sua postura era uma só. Amor ao próximo, desinteresse ante aos bens materiais, preocupação exclusiva e constante com a felicidade do seu semelhante, ricos e pobres, velhos e crianças, homens e mulheres. Todos enfim encontravam no homem, no médium Chico Xavier um alento de bondade para o seu crescimento interior - afirmou.

Perillo assinalou que Chico Xavier era um homem simples, que cursou apenas o curso primário, mas escreveu mais de 400 livros ao longo da sua vida, que venderam milhões de exemplares em português, inglês, japonês, russo e espanhol. O senador assinalou que o médium não recebeu o dinheiro decorrente da venda desses livros, pois doou todos os direitos autorais.

- Segundo dizia, esses livros não eram escritos por ele, mas sim ditados pelos espíritos - observou.

Além disso, o Senador lembrou que Chico Xavier se notabilizou pela assistência social que prestou às pessoas pobres, através de inúmeras obras assistenciais criadas a partir do seu trabalho, como hospitais, escolas, albergues e orfanatos.

Perillo disse que o médium era um abnegado, um "incansável trabalhador da luz, sempre pronto a receber as instruções que lhe eram transmitidas do plano espiritual", que atendia a todos que o procuravam em busca de um consolo para suas dores e aflições.

- Seu nome, inegavelmente, encontra-se escrito ao lado de outros grandes beneméritos da humanidade, como Madre Teresa de Calcutá, Mahatma Gandhi e a nossa querida Irmã Dulce. Todos eles, sem exceção, dedicaram suas vidas em prol do próximo e, independente do seu credo religioso, vivenciaram a caridade como a plena manifestação do amor de Deus aos homens - afirmou.

Participaram da homenagem os filhos de Chico Xavier, Eurípedes Humberto Igino dos Reis e Carlos Alberto dos Reis, e representantes de federações e centros espíritas.


Em pronunciamento em homenagem a Chico Xavier , no centenário de seu nascimento, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM) apontou como as maiores qualidades do médium e líder espírita a modéstia e a simplicidade.

Arthur Virgílio lembrou que Chico Xavier, quando vinha ao Senado visitar seu amigo Humberto Lucena, então presidente da Casa, dava provas de sua "imensa modéstia e enternecedora submissão ao protocolo" por aguardar, na sala de espera da Presidência, sua vez de ser chamado para a conversa com o presidente.

- Lucena nem mesmo sabia que Chico ali estaria, talvez até extra-agenda. E nem eram frequentes suas visitas. Chegando sem agendar, jamais pedia a proteção da amizade para eventual e privilegiado acesso ao gabinete - disse o senador.

Arthur Virgílio informou que o filme que relata a história de Chico Xavier, atualmente em exibição no país, é baseado em livro do jornalista Marcelo Souto Maior, brasiliense, cujo pai, Ronan Soares, mineiro de Araxá, trilhou longa e brilhante carreira como repórter do jornal O Estado de S. Paulo.

Turismólogo, Arthur Virgílio também cobrou do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a realização de sessão do Congresso Nacional para a apreciação do veto presidencial a projeto de lei da Câmara que regulamenta o exercício da profissão de Turismólogo. O projeto (PLC 1.830/99) é de autoria da ex-deputada Maria Elvira (PMDB-MG).

Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

domingo, 18 de abril de 2010

Chico Xavier - Homenagem da Câmara dos Deputados ao saudoso médium


A Câmara dos Deputados promoveu Sessão Solene em homenagem ao Centenário de Chico Xavier, no dia 13 de abril. A Sessão foi aberta pelo presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer, seguindo-se discursos dos proponentes da homenagem, deputados Paulo Piau (MG) e Vitor Penido (MG), das lideranças de partidos, inclusive espíritas, como os deputados Raquel Teixeira (Go), João Bittar (MG), André Vargas (Pr), e, finalmente do presidente da FEB Nestor João Masotti. Integraram a mesa, além da presidência da Câmara, o presidente da Câmara de Vereadores de Pedro Leopoldo, o presidente da FEB, Marival Veloso Matos, presidente da União Espírita Mineira e Eurípedes Higino (de Uberaba). Vários deputados federais se encontravam no plenário. Ao final, houve apresentação musical dos artistas Silvinha Villela e Jorge Luiz, ambos do C.E. André Luiz, do Guará (DF). No público estavam representantes de várias instituições espíritas e dos diretores da FEB Antonio César Perri de Carvalho, João Pinto Rabelo, José Valdo de Oliveira e Norberto Pasqua. Também estavam presentes Sandra Mussi, presidente do Conselho Espírita Canadense e Vanessa Anseloni, de Baltimore, editora da revista “The Spiritist Magazine” (do CEI, EUA). No início da solenidade foi apresentado um vídeo focalizando a ação de Chico Xavier. Informações: http://www.febnet.org.br/ , http://www.100anoschicoxavier.com.br/ .

quarta-feira, 14 de abril de 2010

No campo do afeto

Uma amiga de São Paulo, em virtude de haver sido lesada afetivamente, tentou o suicídio. Graças a Deus não obteve sucesso em seus propósitos.

Noite de autógrafos, fila interminável. Chegada a sua vez, ao pegar na mão do Chico Xavier, ele lhe disse:

- Minha irmã, não pense mais nisso, tudo em você é original.

Ao anotar este caso, lembrei-me da mensagem "Lesões afetivas", do Espírito Emmanuel, que se encontra no livro "Momentos de ouro", editado pelo Grupo Espírita Emmanuel e que aqui transcrevo em parte, para que meditemos na imensa responsabilidade que temos no campo do afeto:

          "Caro é o preço que pagamos pelas lesões afetivas que provocamos nos outros.
           Nas ocorrências da Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto em torno do amor livre e sexo liberado, muitos poucos são os companheiros que meditam nas consequências dos votos não cumpridos.
          Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que te foram assinaladas, se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou com o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não está em condições de cumprir a própria palavra, no que tange a promessas de amor.
          E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendeste esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.
          Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.
          ... Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro.
          Certamente que muitos desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus, que nos exigem, quando na condução de responsáveis, o resgate justo.
          ... Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente comprometidos em matéria de amor e sexo, e em matéria de amor e sexo irresponsáveis.
          ... Um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionam conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas."

(Do livro "Kardec Prossegue", de Adelino da Silveira, Ed. CEU, 3. edição - revista e ampliada, pp. 50 e 51).

Audio Books Chico Xavier - Os livros espíritas campeões de vendas estão aqui em uma superprodução com efeitos e vozes de dubladores de HOLLYWOOD





          "Nenhuma atividade no bem é insignificante. As mais altas árvores são oriundas de minúsculas sementes." (Chico Xavier)
 

terça-feira, 13 de abril de 2010

Vencerás

Não desanimes.
Persiste mais um tanto.
Não cultives pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.
Avança, ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente.
Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressiones nas dificuldades.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia a dia.
Não desistas da paciência.
Não creias em realizações sem esforço.
Silêncio para a injúria.
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.
Não contes vantagens e nem fracassos.
Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para quem se te faz a luz na vida íntima.
Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar. Age auxiliando.
Serve sem apego. E assim vencerás.

Emmanuel

(Mensagem psicografada por Chico Xavier, do livro "Coragem", Ed. CEC, distribuição gratuita pelo Grupo Espírita "Os Mensageiros", http://www.mensageiros.org.br/)

domingo, 11 de abril de 2010

SOS Rio de Janeiro - Rede Record lança campanha para ajudar os desabrigados do Morro do Bumba, em Niterói/RJ

Queridos amigos e leitores do Blog, mais uma vez o Criador coloca à prova nossa capacidade de solidariedade e de compaixão e amor ao próximo. Para aqueles que puderem colaborar, aqui está um meio de arrecadação de recursos às vítimas do Morro do Bumba, Niterói/RJ.

A Rede Record, por meio do Instituto Ressoar, lançou na sexta-feira (9) uma campanha nacional de arrecadação de recursos para ajudar os desabrigados pelas chuvas que atingem o Rio de Janeiro desde a segunda-feira (5).

Basta depositar qualquer quantia na seguinte conta:

Instituto Record de Responsabilidade Social
CNPJ 07.669.797/0001-63
Agência 0922-9
Conta corrente 4500-4

Além da ajuda material, não podemos nos esquecer da ajuda espiritual de que nossos irmãos em Cristo necessitam. Não nos esqueçamos das nossas preces e das nossas vibrações em favor de todas as vítmas de mais essa tragédia. Que nossos pensamentos possam se elevar ao Pai para que dê o conforto a todos os envolvidos neste triste acontecimento.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tem certeza que é seu guia?

Há alguns anos, quando iniciava meus estudos no Centro Espírita, conheci uma senhora médium, cujo comportamento me era estranho, apesar de sua simpatia e gentileza.

Nessa época, as Casas Espíritas não ofereciam tantas orientações através de cursos como oferecem hoje. Havia muitas palestras, explanações evangélicas apresentadas por estudiosos bastante competentes, mas cursos sistematizados eram poucos.

Mesmo os dirigentes de sessões eram pessoas simples, sem grandes conhecimentos da doutrina, trabalhavam mais na base do amor e do devotamento que lhes angariava muita inspiração e auxílio do plano espiritual.

Por isso, os trabalhos de assistência aos necessitados, eram notavelmente benéficos como são hoje; resultado da fé, da boa vontade e do prazer de servir que sempre estiveram presentes nos corações dos trabalhadores.

Essa senhora médium a qual me referi dizia coisas que eu, além de não entender, pois era ainda iniciante, também não podia aceitar.

Ao término da reunião, saíamos juntas até o ponto do bonde e eu ía prestando muita atenção em suas palavras e atitudes e cada vez mais ficava a ponderar: será que o que ela diz e faz é certo?

Até que um dia minha surpresa chegou ao auge pelo fato dela pedir licença, interrompendo nossa conversa, para correr atrás de algo que me era invisível, cercando-o com os pés para não cair na sarjeta, erguendo-o e entregando para alguém também invisível.

Como esta cena se repetia várias vezes perguntei-lhe:

- O que está acontecendo, não consigo entender sua atitude?

E ela a sorrir me respondeu:

- Você é muito nova na doutrina, por isso não pode mesmo entender, acontece o seguinte: meu guia mediúnico quer que eu desenvolva a paciência e a humildade, por esse motivo, ele atira uma bolinha na calçada e eu devo apanhá-la antes que ela alcance a sarjeta, para entregá-la de volta, faz isso muitas vezes seguidas.

Perguntei-lhe:

- Mas tem certeza de que é seu guia mesmo? Pelo pouco que sei, penso que jamais um guia iria fazer seu aprendiz passar por situação tão ridícula.

A partir desse episódio, perdi a companhia dessa senhora que continuou simpática e gentil, mas sempre se desculpando por não me acompanhar até o ponto da nossa condução como fizera até então.

Com certeza esse Espírito que se fazia passar por guia, tinha-me na conta de alguém que pudesse alertá-la, mesmo sabendo tão pouco.

Por esse motivo, a impedia de me acompanhar, para não perder a chance de dominá-la como vinha fazendo.

Não podemos e não devemos aceitar em hipótese alguma orientações, sugestões e, muito menos, imposições de espíritos ou de encarnados sem antes analisá-las como recomenda o bom senso.

Encontramos em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", capítulo XXI, itens 6 e 7,  a explicação desta recomendação de João (Epístola I, 5:1): "Caríssimos, não acrediteis em todos os espíritos, mas provai se os espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos profetas que se levantaram no mundo."

Sabemos que todos os espíritos bons ou maus são de Deus, sendo Ele o Pai Criador de todos os seres.

O que João disse foi no sentido de nos alertar contra o perigo das falsas orientações dadas por espíritos que agem como verdadeiros inimigos do Senhor, visando o retardamento do progresso humano.

O médium que não estuda e que não se evangeliza, mantém, através de sua sensibilidade, portas inteiramente abertas para tais entidades.

E quantos deles (médiuns) são teleguiados quais robôs por espíritos desse nível, acreditando serem seus guias. Nem sempre podemos considerá-los como perseguidores ou obsessores e sim espíritos levianos, zombeteiros que gostam de se divertir, vendo-nos em situações ridículas ou desempenhando papéis constrangedores, como no caso citado.

São verdadeiros oponentes do bem e da verdade.

Em "O Livro dos Espíritos", capítulo IX, intitulado "Intervenção dos Espíritos no Mundo Corpóreo", item I, questão 458, Kardec pergunta: "Que pensam de nós os espíritos que estão ao nosso redor e nos observam?"

Resposta: "Isso depende. Os espíritos levianos riem das pequenas traquinices que vos fazem, e zombam das vossas impaciências. Os espíritos sérios lamentam as vossas trapalhadas e tratam de vos ajudar. Se esses espíritos que nos observam encontram em nós a boa moral, o conhecimento que liberta e objetivos superiores, com certeza baterão em retirada indo a procura de quem aceite suas imposições e traquinices. O Espiritismo nos oferece os meios de experimentá-los, ao indicar as características pelas quais se reconhecem os Bons Espíritos, características sempre morais, jamais materiais. (Ver em "O Livro dos Médiuns", capítulos 24 e seguintes)."

Mesmo desconhecendo as leis que regem os fenômenos mediúnicos, não estamos inteiramente desamparados, porque também podemos nos guiar por estas palavras de Jesus: "Reconhece-se a árvore pelos seus frutos; uma árvore boa não pode dar maus frutos, e uma árvore má não pode dar bons frutos."

Devemos julgar os espíritos pela qualidade de suas obras, como a árvore pela qualidade de seus frutos.

O espírito que se apresenta como guia tem que agir como tal, isto é, sem nos constranger, porque deverá ser bom, superior em conhecimento, levando a sério sua tarefa de orientador.

Como a árvore boa só dá bons frutos, o guia também, em matéria de sugestões e conselhos, visará sempre os bens espirituais e nunca os materiais.

O espírito que nos constrange, que interfere em nossa vida, aconselhando sobre vendas, compras, lucros financeiros, alimentando separações, inimizades etc, só poderá ser considerado como árvore má produzindo maus frutos.

Não existe nada melhor do que o estudo que prepara a mente para o raciocínio lógico sobre qualquer problema ou atividade.

(Texto de Teddy Nilson, publicado na Revista "FidelidadEspírita", ano 3, Nov/2004, N. 26. Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas "Nosso Lar", Campinas/SP).

Chico Xavier - Pinga Fogo com Chico Xavier na TV CEI

RELEASE:

TVCEI apresenta a íntegra do “Pinga Fogo com Chico Xavier”, programa de entrevista recorde de audiência, utilizado no “Chico Xavier – O Filme”, mega-sucesso em exibição nos cinemas.

O filme Chico Xavier, de Daniel Filho , fenômeno de bilheteria em cartaz nos cinemas, foi inteiramente baseado no célebre programa de entrevistas “Pinga Fogo com Chico Xavier” da antiga TV Tupi em 1971, marco do Jornalismo no Brasil, que alcançou os maiores índices de audiência da televisão brasileira. No programa, o extraordinário médium respondeu ao vivo perguntas de vários jornalistas, intelectuais, cientistas, parapsicólogos e também do público, trazendo informações dos espíritos sobre: Mortes coletivas - Comunicação com entes queridos - O que acontece no momento da morte - Cremação - Transplante de órgãos - Reencarnações de Emmanuel - Planejamento familiar - Aborto - Operações plásticas - Materializações de espíritos – Mediunidade – Fenômenos mediúnicos com católicos - Homossexualismo - Divórcio - Sexo livre - Cirurgias espirituais, dentre outros, encerrando com psicografias inéditas, inclusive de Castro Alves.

O primeiro Pinga Fogo, previsto para durar 60 minutos, durou quase três horas. O segundo, quatro. Assista aos dois programas, inéditos nas TVs da atualidade, remasterizados pela Versátil Home Vídeo, logo após a transmissão ao vivo do 3º Congresso Espírita Brasileiro, sexta e sábado, 16 e 17 de abril, às 22h na TVCEI.

Mais informações em http://www.tvcei.com/

Assessoria de Imprensa TVCEI
Ágatha Six
Nazareno Feitosa
Victor Hugo Silva Santos
(61) 3322-3024 (ramais 201 e 204)

Chico Xavier - E as homenagens não param: Câmara dos Deputados terá sessão solene em homenagem ao saudoso médium, Brasília/DF

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A ingratidão dos filhos e os laços de família

          "A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo; revolta sempre os corações honestos; mas a dos filhos com relação aos pais tem um caráter ainda mais odioso. (...) Aqui, como por toda a parte, o Espiritismo veio lançar luz sobre um dos problemas do coração humano.
          Quando o Espírito deixa a Terra, carrega consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza, e vai para o espaço se aperfeiçoar ou ficar estacionário, até que queira ver a luz. Alguns, pois, partiram carregando consigo ódios poderosos e desejos de vingança insatisfeitos; mas a alguns destes, mais avançados que os outros, é permitido entrever algo da verdade; eles reconhecem os funestos efeitos de suas paixões e, então, tomam boas resoluções; compreendem que para ir a Deus não há senão uma senha: caridade. Ora, não há caridade sem esquecimento de ultrajes e de injúrias; não há caridade com ódios no coração e sem perdão.
          Então, por um esforço inaudito, olham aqueles que detestaram na Terra, mas ante essa visão, sua animosidade desperta; revoltam-se com a ideia de perdoar, e mais ainda com a de se abdicarem de si mesmos, sobretudo, à de amarem aqueles que talvez lhe destruíram a fortuna, a honra, a família. Entretanto, o coração desses infortunados está abalado; eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários; se a boa resolução vence, pedem a Deus, imploram aos bons Espíritos que lhes dêem forças no momento mais decisivo da prova.
          Enfim, depois de alguns anos de meditações e de preces, o Espírito se aproveita de um corpo que se prepara na família daquele que detestou, e pede aos Espíritos encarregados de transmitirem as ordens supremas, para ir cumprir na Terra os destinos desse corpo que vem de se formar. Qual será, pois, a sua conduta nessa família? Dependerá da sua maior ou menor persistência nas boas resoluções que tomou. O incessante contato com seres a quem odiou constitui prova terrível, sob a qual não raro sucumbe, se não tem ainda bastante forte a vontade. Assim, conforme prevaleça ou não a resolução boa, ele será o amigo ou inimigo daqueles entre os quais foi chamado a viver. É como se explicam esses ódios, essas repulsões instintivas que se notam da parte de certas crianças e que parecem injustificáveis. Nada, com efeito, naquela existência há podido provocar semelhante antipatia; para se lhe apreender a causa, necessário se torna volver o olhar ao passado.
          Ó, espíritas! Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor.
          Não escorraceis, pois, a criancinha que repele sua mãe, nem a que vos paga com a ingratidão; não foi o acaso que a fez assim e que vo-la deu. Imperfeita intuição do passado se revela, do qual podeis deduzir que um ou outro já odiou muito, ou foi muito ofendido; que um ou outro veio para perdoar ou para expiar. Mães! Abraçai o filho que vos dá desgostos e dizei convosco mesmas: Um de nós dois é culpado. Fazei-vos merecedoras dos gozos divinos que Deus conjugou à maternidade, ensinando aos vossos filhos que eles estão na Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer. Mas, oh! muitas dentre vós, em vez de eliminar por meio da educação os maus princípios inatos de existências anteriores, entretêm e desenvolvem esses princípios, por uma culposa fraqueza, ou por descuido, e, mais tarde, o vosso coração, ulcerado pela ingratidão dos vossos filhos, será para vós, já nesta vida, um começo de expiação."

("O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, Capítulo XIV, item 9).