"O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai encontrar-se com as bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a Alma e a Vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos reais, nenhum tomou o título de sacerdote ou de sumo sacerdote (...). O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; proclama-a para seus adéptos assim como para todas as pessoas. Respeita todas as convicções sinceras e faz questão de reciprocidade." (Kardec)


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ainda sobre o Censo 2010

Recebemos vários emails sobre o assunto, com consultas ao IBGE anexadas, relação de opções religiosas, etc... O Instituto colocou ESPIRITAS no código 610 que comporta sub grupos com várias seitas tidas como Espíritas, todas naquele código. Embora não seja o ideal, afinal, quem fez a classificação foi o IBGE, pelo menos se nos definirmos como ESPIRITAS KARDECISTAS saberemos em meio às tantas outras qual é o número de ESPÍRITAS como entendemos e nos definimos sob a ótica da Doutrina Espírita, codificada pelo célebre mestre lionês, Allan Kardec.
Se não adotarmos essa postura, na tabulação do IBGE, com certeza, iremos ter um número de ESPÍRITAS KARDECISTAS, como o IBGE define, muito aquém do número real, pois quem não se dizer ESPÍRITA KARDECISTA, dizendo-se apenas ESPÍRITA- genérico- cai no sem opção. Na minha maneira de ver corretas as posições  pela FEB, pelo Bonilha e alguns outros no mesmo sentido. Não temos motivos para enxergar anormalidade por nos definirmos como ESPIRITAS KARDECISTAS porquanto não estamos infirmando a nossa condição real de ESPÍRITAS e não foram os ESPÍRITAS os criadores do impasse. A opção sugerida –ESPÍRITA KARDECISTA- é para não haver grande distorção de resultados que serão refletidos nos próximos dez anos.

Ismael Gobbo
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Temos recebido de companheiros emails no sentido de que devamos perante os recenseadores do IBGE, quando perguntados sobre religião, respondermos a opção espírita. Argumentam que é de nossa responsabilidade pugnar para que a nossa religião seja conhecida pelo nome correto; que estamos querendo ser computados pelo IBGE a qualquer custo; etc.


Respeitamos o posicionamento e da mesmo forma como eles gostaríamos que o adjetivo “espírita”, de origem francesa, criado pelo célebre Allan Kardec, fosse também pelo IBGE consagrado como o que define apenas os seguidores da Doutrina Espírita, codificada pelo inesquecível mestre de Lyon.

Acontece que o órgão não entendeu assim e acabou utilizando a expressão espírita para designar uma série de seitas religiosas e também traz a opção espírita (genérica) todas elas no código 610.

Na nossa maneira de ver precisamos urgentemente, e a partir de agora, trabalhar junto àquele órgão no sentido de que, de futuro, e se assim for possível, utilizar a denominação ESPÍRITA apenas para os que seguem Kardec.

O caminho não será fácil mas a reclamação é legitima.

Todavia como o CENSO está na rua não podemos ficar de braços cruzados. Afinal durante dez anos vão prevalecer os dados tabulados pelo IBGE.

O presidente da FEB em nota oficial sugeriu que ante a situação adotemos como resposta aos recenseadores - Espíritas Kardecistas. E várias entidades e órgãos espíritas, acertadamente na nossa maneira de ver, estão sugerindo a mesma coisa.

O por quê dessa orientação?

Simplesmente porque se eu responder “espírita”, ao representante do IBGE, ele me adicionará ao “espírita” código 610 genérico, ou seja, sem definição, pois todo aquele que optar por espirita, simplesmente irá para essa vala comum.

Acontece que também tem a opção especifica “Espírita Kardecista”, também no código 610.

Moral de história: se ao invés de nos dizer “Espírita Kardecista” relutarmos no “espírita” o percentual de espíritas seguidores de Kardec, perante o IBGE e o mundo, poderá ser muitíssimo aquém do real e o de espirita – genérico-, sem definição, será muito maior.

E o que vai prevalecer é a estatística do IBGE, queiramos ou não.

Então, achamos que não há qualquer erro de nossa parte em nos ajustarmos mesmo que a contragosto à realidade que, ao menos de momento, é imutável.

A espiritualidade tem noção perfeita de que se trata apenas de um ajuste à legislação humana, que precisamos buscar alteração. Não enxergamos motivo algum para peso de consciência já que não estamos negando e nem traindo os nossos ideais de ESPIRITAS.

Muito pior será, por motivos ideológicos, não sermos contados devidamente e amargarmos um resultado que nada tem a ver com a grandeza do movimento espírita. Ai sim, a espiritualidade poderá nos questionar: o que vocês estão fazendo? Que providencia estão tomando para enfrentar a situação?

Vamos, pois, amigos, divulgar e explicar por todos os meios que precisamos optar pela expressão “Espírita Kardecista”, uma opção criada pelo IBGE que os ESPÍRITAS por principio não aceitam e vão lutar para que em futuro censo tal anomalia seja corrigida.

Repisamos o que dissemos no começo: As entidades devem empunhar a bandeira para que, de futuro, a expressão ESPÍRITA designe apenas os seguidores da doutrina codificada por Allan Kardec. E isso precisa entrar em pauta agora, com relevância, congregando os esforços de todas as entidades representativas do movimento espírita, de parlamentares espíritas e da comunidade espírita. ( Ismael Gobbo )

3 comentários:

  1. Para isso precisamos de parlamentares espíritas na Câmara Federal e no Senado. Vocês têm uma relação de parlamentares espíritas, candidatos à próxima eleição. Vocês teriam essa relação, inclusive para o estado e município? Se não, onde poderíamos encontrar esses dados?
    Humberto Rodrigues Neto - Rg-3.948.353-8

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  2. Boa noite, Humberto.
    "Cotidiano" é um espaço criado por iniciativa particular e voluntária como meio alternativo de divulgar a Doutrina Espírita e também o nosso modesto conhecimento sobre o Espiritismo. Nao temos nenhum tipo de contato com os candidatos às eleiçoes que acontecerão em outubro. Sequer sabemos se existe algum lugar onde vc possa colher as informaçoes que nos solicitou, ou seja, se eles divulgam a religiao que seguem. O ideal, o que achamos mais coerente, seria que vc, e também cada eleitor brasileiro, procurasse conhecer melhor os candidatos, buscando conhecer a história de cada um, o que pensam, o que conhecem, o que pretendem etc... Somente assim poderemos escolher o melhor p/ nós e p/ o nosso país.
    Cremos que cada candidato deva ter sua própria página na internet onde podemos conhecer um pouco dos seus programas de governo, suas pretensões, suas propostas. Além da propaganda liberada na internet, que é uma novidade nas eleiçoes deste ano, eles possuem comitês, horários reservados a propaganda eleitoral nos meios de comunicaçao e tantos outros meios que nos permitem saber um pouco mais sobre cada um.
    Abraços fraternos.

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  3. Queridos amigos e leitores do Blog, sobre a solicitação acima do amigo Humberto (a possibilidade da existência de uma lista de "parlamentares espíritas")recomendo a postagem do companheiro de ideal espírita Jorge Hessen, cujo trecho aqui transcrevo: "Não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da política humana. O trabalhador da casa espírita, seja ele atuante em área mediúnica, doutrinária ou administrativa, sabe, perfeitamente, que Centro Espírita não é lugar de se fazer campanha política, em qualquer época, sobretudo próximo às eleições. O espírita, definitivamente, não pode confundir as coisas. Se estiver vinculado a alguma agremiação partidária, se deseja concorrer como candidato a cargo eletivo, que o faça bem longe das hostes espíritas, para que tudo que fizer ou disser, dentro da casa espírita, não venha a ter uma conotação de atitude de disfarçada intenção, visando a conquistar os votos de seus confrades.Há necessidade de distinguir a política terrena, da política do Cristo. Cada situação, na sua dimensão correta. Política partidária, aos políticos pertence, enquanto que religião é atividade para religiosos. O argumento de que os parlamentares se servem, com o pretexto de "defender" os postulados da Doutrina, ou aliciar prestígio Social para as hostes espíritas, ou, ainda, ser uma "luz" entre os legisladores, é argumento falacioso, inverossímil. A título de tolerância, muitas vezes fechamos os olhos para essas questões, mas a experiência demonstra que, às vezes, é conveniente até fechar um olho, porém, nunca os dois." Para ler a postagem acesse o link http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/2009/06/nao-ha-representantes-oficiais-do.html#ixzz0ys482rOW
    Abraços fraternos!

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