"O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai encontrar-se com as bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a Alma e a Vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos reais, nenhum tomou o título de sacerdote ou de sumo sacerdote (...). O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; proclama-a para seus adéptos assim como para todas as pessoas. Respeita todas as convicções sinceras e faz questão de reciprocidade." (Kardec)


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Marilyn Monroe e o suicídio

A revista "Reformador" de julho de 1966, páginas 147-148, na matéria intitulada "Entrevista com o Além", narra o emocionante encontro de Irmão X (Humberto de Campos) com Marilyn Monroe, onde o Espírito Marilyn Monroe relata uma pouco sobre sua "morte".

O cenário do referido encontro é o tranqüilo Memorial Park Cemetery em Hollywood, e a comunicação foi recebida por Chico Xavier na noite de 29/04/1966, em Los Angeles, ao tempo em que andou pelos Estados Unidos, em companhia de Waldo Vieira.

Irmão X caminhava com alguns amigos pelo local, quando descobriu o túmulo da atriz que, aliás, encontrava-se ali mesmo, a uns poucos passos, ainda evidentemente enferma, repousando no colo de uma senhora. Um dos amigos presentes, fez as apresentações de praxe. Veja abaixo a narrativa do próprio Espírito Irmão X:

"Caminhávamos, alguns amigos, admirando a paisagem do Wilshire Boulevard, em Hollywood, quando fizemos parada, ante a serenidade do “Memoriam Park Cemetery”, entre o nosso caminho e os jardins de Glendon Avenue.

A formosa mansão dos mortos mostrava grande movimentação de Espíritos libertos da experiência física, e entramos.

Tudo, no interior, tranqüilidade e alegria.

Os túmulos simples pareciam monumentos erguidos à paz, induzindo à oração.

Entre as árvores que a primavera pintara de verde novo, numerosas entidades iam e vinham, muitas delas escoradas umas nas outras, à feição de convalescentes, sustentadas por enfermeiros em pátio de hospital agradável e extenso.

Numa esquina que se alteava com o terreno, duas laranjeiras ornamentais guardavam o acesso para o interior de pequena construção que hospeva as cinzas de muitas personalidades que demandaram o Além, sob o apreço do mundo. A um canto, li a inscrição: “Marilyn Monroe – 1926-1962.” Surpreendido, perguntei a Clinton, um dos amigos que nos acompanhavam:

- Estão aqui os restos de Marilyn, a estrela do cinema, cuja história chegou até mesmo ao conhecimento de nós outros, os desencarnados de longo tempo no Mundo Espiritual?

- Sim – respondeu ele, e acentuou com expressão significativa - não se detenha, porém, a tatear-lhe a legenda mortuária...Ela está viva e você pode encontrá-la, aqui e agora...

- Como?

O amigo indicou frondoso olmo chinês, cuja galharia compõe esmeraldino refúgio no largo recinto, e falou:

- Ei-la que descansa, decerto em visita de reconforto e reminiscência...

A poucos passos de nós, uma jovem desencarnada, mas ainda evidentemente enferma, repousava a cabeça loura no colo de simpática senhora que a tutelava. Marilyn Monroe, pois era ela, exibia a face desfigurada e os olhos tristes. Informados de que nos seria lícito abordá-la, para alguns momentos de conversa, aproximamo-nos, respeitosos.

Clinton fez a apresentação e aduzi:

- Sou um amigo do Brasil que deseja ouvi-la.

- Um brasileiro a procurar-me, depois da morte?

- Sim, e porque não? – acrescentei – a sua experiência pessoal interessa a milhões de pessoas no mundo inteiro...

E o diálogo prosseguiu:

- Uma experiência fracassada...

- Uma lição talvez.

- Em que lhe poderia ser útil?

- A sua vida influenciou muitas vidas e estimaríamos receber ainda que fosse um pequeno recado de sua parte para aqueles que lhe admiram os filmes e que lhe recordam no mundo a presença marcante ...

- Quem gostaria de acolher um grito de dor?

- A dor instrui...

- Fui mulher como tantas outras e não tive tempo e nem disposição para cogitar de filosofia.

- Mas fale mesmo assim...

- Bem, diga então às mulheres que não se iludam a respeito de beleza e fortuna, emancipação e sucesso...Isso dá popularidade e a popularidade é um trapézio no qual raras criaturas conseguem dar espetáculos de grandeza moral, incessantemente, no circo do cotidiano.

- Admite, desse modo, que a mulher deve permanecer no lar, de maneira exclusiva?

- Não tanto. O lar é uma instituição que pertence à responsabilidade tanto da mulher quanto do homem. Quero dizer que a mulher lutou durante séculos para obter a liberdade... Agora que a possui nas nações progressistas, é necessário aprender a controlá-la. A liberdade é um bem que reclama senso de administração, como acontece ao poder, ao dinheiro, à inteligência...

Pensei alguns momentos na fama daquela jovem que se apresentara à Terra inteira, dali mesmo, em Hollywood, e ajuntei:

- Miss Monroe, quando se refere à liberdade da mulher, você quer mencionar a liberdade do sexo?

- Especialmente.

- Porquê?

- Concorrendo sem qualquer obstáculo ao trabalho do homem, a mulher, de modo geral, se julga com direito a qualquer tipo de experiência e, com isso, na maioria das vezes, compromete as bases da vida. Agora que regressei à Espiritualidade, compreendo que a reencarnação é uma escola com muita dificuldade de funcionar para o bem; toda vez que a mulher foge à obrigação de amar, nos filhos, a edificação moral a que é chamada.

- Deseja dizer que o sexo...

- Pode ser comparado à porta da vida terrestre, canal de renascimento e renovação, capaz de ser guiado para a luz ou para as trevas, conforme o rumo que se lhe dê.

- Ser-lhe-ia possível clarear um pouco mais este assunto?

- Não tenho expressões para falar sobre isso com o esclarecimento necessário; no entanto, proponho-me a afirmar que o sexo é uma espécie de caminho sublime para a manifestação do amor criativo, no campo das formas físicas e na esfera das obras espirituais, e, se não for respeitado por uma sensata administração dos valores de que se constitui, vem a ser naturalmente tumultuado pelas inteligências animalizadas que ainda se encontram nos níveis mais baixos da evolução.

- Miss Monroe – considerei, encantado, em lhe ouvir os conceitos - devo asseverar-lhe, não sem profunda estima por sua pessoa, que o suicídio não lhe alterou a lucidez.

- A tese do suicídio não é verdadeira como foi comentada – acentuou ela sorrindo. Os vivos falam acerca dos mortos o que lhes vem à cabeça, sem que os mortos lhes possam dar a resposta devida, ignorando que eles mesmos, os vivos, se encontrarão, mais tarde, diante desse mesmo problema... A desencarnação me alcançou através de tremendo processo obsessivo. Em verdade, na época, me achava sob profunda depressão. Desde menina, sofri altos e baixos, em matéria de sentimento, por não saber governar a minha liberdade...Depois de noites horríveis, nas quais me sentia desvairar, por falta de orientação e de fé, ingeri, quase semi-inconsciente, os elementos mortíferos que me expulsaram do corpo, na suposição de que tomava uma simples dose de pílulas mensageiras do sono...

- Conseguiu dormir na grande transição?

- De modo algum. Quando minha governanta bateu à porta do quarto, inquieta ao ver a luz acesa, acordei às súbitas da sonolência a que me confiara, sentindo-me duas pessoas a um só tempo... Gritei apavorada, sem saber, de imediato, identificar-me, porque lograva mover-me e falar, ao lado daquela outra forma, a vestimenta carnal que eu largara... Infelizmente para mim, o aposento abrigava alguns malfeitores desencarnados que, mais tarde, vim a saber, me dilapidavam as energias. Acompanhei, com indescritível angústia, o que se seguiu com o meu corpo inerme; entretanto, isso faz parte de um capítulo do meu sofrimento que lhe peço permissão para não relembrar...

- Ser-lhe-á possível explicar-nos porque terá experimentado essa agudeza de percepção, justamente no instante em que a morte, de modo comum, traz anestesia e repouso?

- Efetivamente, não tive a intenção de fugir da existência, mas, no fundo, estava incursa no suicídio indireto. Malbaratara minhas forças, em nome da arte, entregara-me a excessos que me arrasaram as oportunidades de elevação... Ultimamente fui informada por amigos daqui de que não me foi possível descansar, após a desencarnação, enquanto não me desvencilhei da influência perniciosa de Espíritos vampirizadores a cujos propósitos eu aderira, por falta de discernimento quanto às leis que regem o equilíbrio da alma.

- Compreendo que dispõe agora de valiosos conhecimentos, em torno da obsessão...

- Sim, creio hoje que a obsessão, entre as criaturas humanas, é um flagelo muito pior que o câncer. Peçamos a Deus que a ciência do mundo se decida a estudar-lhe os problemas e resolve-los...

A entrevistada mostrava sinais de fadiga e, pelos olhos da enfermeira que lhe guardava a cabeça no regaço amigo, percebi que não me cabia avançar.

- Miss Monroe – conclui -, foi um prazer para mim este encontro em Hollywood. Podemos, acaso, saber quais são, na atualidade, os seus planos para o futuro?

Ela emitiu novo sorriso, em que se misturavam a tristeza e a esperança, manteve silêncio por alguns instantes e afirmou:

- Na condição de doente, primeiro, quero melhorar-me... Em seguida, como aluna no educandário da vida, preciso repetir as lições e provas em que fali...Por agora, não devo e nem posso ter outro objetivo que não seja reencarnar, lutar, sofrer e reaprender.

Pronunciei algumas frases curtas de agradecimento e despedida e ela agitou a pequenina mão num gesto de adeus. Logo após, alinhavei estas notas, à guisa de reportagem, a fim de pensar nas bênçãos do Espiritismo Evangélico e na necessidade da sua divulgação." (IRMÃO X)

(Texto extraído do livro “Estante da vida”, Rio de Janeiro: FEB, psicografado por Francisco Cândido Xavier).

8 comentários:

  1. se ela admitiu suicidio, como prepara-se para reencarnar se os suicidas não tem perdão?
    outra coisa: o legista afirmou e ainda é vivo e recentemente reafirmou a autópsia que o fbi não autorizou a divulgação em documento oficial:segundo o legista ela não ingeriu compriido algum pois seu estomago estava vazio, e os vestigios de medicaçao estavam no figado indicando que foi injetado diretamente na veia em dose correspondente a 50 comprimidos(nembutal liquido).documentos recentes divulgados com evidencias centificas que a tal atriz foi vitima de assassinato e não suicidio como relata esta entrevista.como ela poderia ter tomado um frasco inteiro(50 comp)de NEMBUTAL sem agua, pois não tinha um copo nem vazio naquele quarto? e nem agua na pia do banheiro pois a casa passava por reforma. a sra. que encontrou o corpo havia sido demitida 1 dia antes desse ocorrido, como entrou na casa se não fosse cumplice dos assassinos? fica dificil acreditar nesta mensagemcomo sendo da atriz ass: vanderley.99@hotmail.com

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    1. E porque voce acha que suicida nao tem perdao?? se um pai perdoa um filho que comete todo tipo de atrocidades, porque Deus que é um pai infinitamente mais bondoso que nós nao perdoaria..o suicida só sofre muito no mundo espiritual, porque é um sofrimento dele mesmo, moral,de sua propria consciencia em debito com a Lei de Deus e em debito com ele mesmo. Qto as doses, nao posso afirmar pq nao confio tb nas informaçoes que a midia passe, a nao ser que vc me fale que conheça pessoalmente o legista. Talvez o legista lendo isso poderia tirar as proprias informaçoes dele rsrsrs a midia adora lançar estrondo aos casos, igual um assassinato... é o que penso

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    2. provavelmente refere-se ao plano astral e nao o fisico.. irmao X é o espirito que dita a chico o livro , ele nao estava mais encarnado. o centro espirita que frequento por exemplo, os mediuns que ali o vao no plano astral em sonho, quando se desdobram do corpo fisico, contam que é um predio mais alto, e mais bonito. Assim o cemiterio aqui do plano fisico, em seu plano astral pode ser diferente, e sim ser ajardinado. Vindo de uma psicografia de chico xavier, que trouxe sempre tantos ensinos de luz, e relatos que na epoca que trouxe a ciencia ainda nao tinha trazido, e que veio a provar anos depois como o DNA, eu acredito sim, no relato. Mas para quem nao conhece a doutrina ou nao crê e nao conhece os inumeros trabalhos de chico, entendo porque seja dificil acreditar. bjos a tdos

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  2. É a própria Marilyn quem responde: "A tese do suicídio não é verdadeira como foi comentada – acentuou ela sorrindo. Os vivos falam acerca dos mortos o que lhes vem à cabeça, sem que os mortos lhes possam dar a resposta devida, ignorando que eles mesmos, os vivos, se encontrarão, mais tarde, diante desse mesmo problema... "

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  3. Marilyn não está sepultada em cemitério ajardinado !

    Dora Pontual

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  4. Independentemente de onde ela tenha sido sepultada, cara irmã, vale a pena aproveitar a mensagem e nao cometer os mesmos erros que tantos irmãos nossos cometeram...

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  5. Olá,
    Fiquei bastante comovida com o diálogo. Digamos que sou fã de Marilyn Monroe por sua beleza e sensualidade. Sua história sempre me chamou a atenção por alguns fatores... eu sabia que ela havia se comunicado com Chico Xavier, e acreditei em sua psicografia. Mas esta conversa é um CONSELHO para que tenhamos pensamentos e ações diferentes a respeito da nossa vida e seus valores.
    Grata por publicar.

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  6. Se o corpo da atriz não foi cremado e a autopsia feita pelos legista que por sinal foi violenta e mal feita a ponto da falecida precisar de uma maquiagem no rosto para ser lembrada como a deusa de antes não estragarem evidências que a tenologia das perícias criminais de hoje evidencia, com certeza a exumação do corpo da loira azeda vai demonstrar a pilantras curiosos como vcs se a atriz se suicidou ou não.

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