Meus amigos,
Comemora-se hoje o Dia da Tolerância.
João, Bispo de Bordeaux, em 1862, falando em nome do "Consolador" (EvJo14:26), nos deu a seguinte orientação:
"Sedes indulgentes para com as faltas dos outros, quaisquer que sejam.
Julgai com severidade apenas vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, do mesmo modo como a usastes para com os outros.
Apoiais os fortes: encorajai-os a prosseguir no bem. Fortificais os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que considera o menor arrependimento. Mostrais a todos o anjo do arrependimento estendendo suas asas brancas sobre as faltas dos humanos, ocultando-as, assim, aos olhos daquele que em tudo vê impureza. Compreendeis toda a misericórdia infinita de vosso Pai e não vos esqueçais nunca de Lhe dizer pelos vossos pensamentos e, especialmente pelos vossos atos: 'Perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos têm ofendido'.
Entendei bem o valor dessas sublimes palavras; não só sua letra é admirável, mas também o ensinamento que elas contêm.
O que solicitais ao Senhor quando implorais o perdão? Esquecimento, só isso? Se assim fosse, resultaria em nada, pois, se Deus se contenta em esquecer as vossas faltas, não pune, mas também não vos recompensa. A recompensa não pode ser o preço do bem que não se fez e ainda menos do mal que se haja feito, mesmo que esse mal tenha sido esquecido.
Pedindo perdão por vossas transgressões, pedis a Deus o favor de suas graças, para não mais cairdes nelas, e a força necessária para entrardes num novo caminho, de submissão e de amor, no qual podereis acrescentar ao arrependimento a reparação do erro.
Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis em estender o véu do esquecimento sobre suas faltas. Esse véu é, muitas vezes, bastante transparente aos vossos olhos, e é preciso acrescentar-lhe o amor ao mesmo tempo que o perdão. Fazei por eles o que pediríeis que vosso Pai Celeste fizesse por vós. Trocai a cólera que desonra pelo amor que purifica. Pregai e exemplificai essa caridade ativa, incansável, que Jesus vos ensinou. Pregai como Ele próprio fez durante o tempo em que viveu na Terra, visível aos olhos do corpo, e comoainda a prega sem cessar, desde que se tornou visível apenas aos olhos do Espírito. Segui o Divino Modelo, segui os seus passos, que vos conduzirão ao lugar de refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. Como Ele, carregai todos a vossa cruz e subi, sofridamente, mas com coragem, o vosso calvário: a glorificação está no cimo."
Pensemos nisso.
Abraços,
Navarro. ("C. E. Francisco Cândido Xavier" - Av. Alfredo Theodoro de Oliveira, 2195 - Solo Sagrado - São José do Rio Preto - SP).
(Texto de Navarro, gentilmente enviado pelo nosso querido amigo André Sobreiro, via e-mail).
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