"O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai encontrar-se com as bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a Alma e a Vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos reais, nenhum tomou o título de sacerdote ou de sumo sacerdote (...). O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; proclama-a para seus adéptos assim como para todas as pessoas. Respeita todas as convicções sinceras e faz questão de reciprocidade." (Kardec)


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Homenagem a Chico Xavier em Três Lagoas/MS

Três Lagoas/MS foi a primeira cidade brasileira a homenagear Chico Xavier designando uma Rua com seu nome



A cidade de Três Lagoas sempre teve uma ligação muito forte com o médium mineiro Francisco Cândido Xavier. Desde o ano de 1957, Chico, de vez em quando, ia passar uns dias na fazenda do saudoso Thomé Arantes – ainda hoje, dona Romilda Arantes lembra com muito carinho dessas visitas do querido amigo.

Chico Xavier, que completaria 100 primaveras no próximo dia 02 de abril se estivesse entre nós, nasceu em Pedro Leopoldo-MG , em 1910, mas viveu grande parte de sua vida em Uberaba/MG.

Faleceu no dia 30 de junho de 2002 e, apenas sessenta e quatro dias depois, Três Lagoas/MS já o homenageava denominando com seu nome uma rua.

A Câmara Municipal votou por unanimidade o projeto de Lei de Nº. 55, de 02 de setembro de 2002, e, no dia 11 do mesmo mês, a Lei de Nº. 1804 foi sancionada, passando a "Viela 03" a se chamar “Francisco Cândido Xavier”, localizada na Vila Haro, onde está situado o Grupo Espírita "José Grosso e Maria João de Deus", esquina com a Rua Allan Kardec, fundado pelo saudoso advogado Dr. João Santana e sua esposa Márcia Santana. A primeira ata do Centro - abril de 1994 -, tem como primeiras assinaturas Luiz Correa da Silveira Filho, Waldemiro Giachetta, Waldemar Amadeu Falco e outros.

Destacamos que quando foi fundado o Centro, Chico ficou muito feliz ao saber que a citada Casa Espírita teria o nome de sua mãe. “É uma casa que conta com muita proteção da espiritualidade... Quem frequenta o Grupo há mais tempo, já vivenciou várias situações que demonstram claramente a interferência dos Benfeitores espirituais”, afirma Luiz Correa, dirigente do Grupo "José Grosso e Maria João de Deus", desde sua fundação.

Seguem abaixo dois exemplos do que afirmou Luizinho:



O amor multiplica os recursos...

O ano foi 1996, numa sexta-feira de outubro, em que se comemorava o Dia das Crianças. O fato ocorreu no "Grupo da Fraternidade Espírita José Grosso e Maria João de Deus", situado na Rua Francisco Cândido Xavier, esquina com Allan Kardec, Vila Haro, Três Lagoas-MS.

“Neste dia, acordei com muita vontade realizar uma festa para as crianças carentes dos bairros próximos à Casa Espírita. Saí em busca de ajuda e o Supermercado Passarelli fez doações de refrigerantes e de um bolo de, aproximadamente, dois quilos e setecentas e cinquenta gramas. O saudoso advogado Dr. João Santana custeou as despesas de um carrinho de pipoca e outro de algodão doce para atender às crianças na porta do centro. Eu, imbuído de muito amor, consegui espaço em algumas Rádios de nossa cidade e dei várias entrevistas falando sobre a festa para as crianças à noite no Centro. Naquela época, não imaginei o alcance dos programas radiofônicos, chegando a dezenas de lares. Iniciamos as atividades da Casa com uma palestra proferida pelo tenente Muniz do Corpo de Bombeiros, hoje major e subcomandante. Estava presente também Alécio Boletti. Lembro ainda hoje, da nossa surpresa – Elzi, eu, Branquinho e Maura, Otacílio e Célia e o professor Luiz Otávio, coordenador do departamento 'Infanto Juvenil Heleyne Cristina G. Correa', quando vimos a quantidade de crianças que chegava sem parar, formando uma enorme fila. Elzi me chamou e disse: ‘Luizinho, aí fora tem mais de 1000 crianças, o bolo e os refrigerantes não vão dar para nada’. Eu disse a ela 'vamos distribuir o que tem, e explicar que faremos outra festa na semana que vem... O que podemos fazer?'
Na época, o quintal do centro era de chão batido e tinha uma grande árvore. Organizamos a fila ali, e Maura, Célia e Elzi cortavam o bolo e entregavam às crianças. Quanto mais cortavam, mais ele aumentava; de maneira que todas as crianças comeram bolo, e muitas ainda puderam levar um pedaço para suas mães em casa. O pedaço que sobrou deu para repartir entre todos os que estavam ajudando. Esse fato da multiplicação do bolo, à semelhança do que ocorreu à época de Jesus - quando houve a multiplicação de pães e peixes - foi testemunhado por muitas pessoas presentes à reunião, que consideram importante que seja divulgado esse acontecimento que está registrado na história do Centro, demonstrando o quanto somos assistidos pelos Benfeitores amigos, quando nos dispomos a realizar o bem”, finalizou Luizinho.

Muito mais do que dinheiro é preciso boa vontade, porquanto, assim como o Cristo multiplicava pães e peixes para atender à multidão faminta, a boa-vontade multiplica indefinidamente os recursos com os quais podemos e devemos ajudar nossos irmãos.

Que o digam os dirigentes de Instituições de caridade. Nunca há dinheiro suficiente, mas os recursos chegam sempre, enquanto permanece a disposição de servir.

*Essa matéria foi destaque numa Revista de grande circulação nacional: “Luz do Leste”, edição julho/agosto/2009, página 06.



Proteção à Casa Espírita...

"Vou narrar aqui essa pequena história apenas com o objetivo de divulgar o trabalho dos mensageiros de Jesus, protegendo-nos o tempo todo, e particularmente, o cuidado deles em resguardar um templo religioso, a fim de manter a harmonia entre os encarnados e desencarnados que vão ali.
No começo do ano de 2000, eu e minha esposa Elzi, chegamos ao 'Grupo da Fraternidade Espírita José Grosso e Maria João de Deus', onde são realizadas reuniões todas as sextas-feiras. Temos por hábito chegar ao Grupo Espírita logo no início da noite para organizar tudo antes do começo dos trabalhos. Nesta noite a palestra seria proferida pelo jornalista Adalto, que chegou cedo ao Centro, juntamente com sua esposa. Na casa defronte ao Centro morava um casal que estava constantemente em desarmonia. Nesta data aconteceu novamente uma discussão entre eles, e estavam de tal modo desestruturados que ouvíamos os gritos, ora de um, ora de outro. Como era uma situação que acontecia com certa freqüência, continuei o meu trabalho normalmente: abri o Evangelho, coloquei música de cunho espiritual, bem baixinho para harmonização do ambiente, enquanto Elzi estava no fundo arrumando o departamento infantil que leva o nome da minha filha 'Heleyne Cristina Garcia Corrêa'; continuei ouvindo as vozes alteradas do casal, mas serenamente, com certeza já recebendo a proteção dos espíritos, prossegui colocando a água em cima da mesa para a fluidificação. Repentinamente entrou a garota Nayara, filha do casal, aos gritos, pedindo que não deixassem o seu pai matar a sua mãe. Eu estava encostado na mesa ao centro da sala, quando Rosely entrou pedindo socorro, me segurando pela cintura, aí eu virei, ficando de frente com aquele irmão, que estava totalmente descontrolado com uma faca grande na mão e veio em minha direção, com o intuito de alcançar a esposa; ainda consegui dizer a ele que não fizesse aquilo, porque estava dentro de uma casa de Deus.
Foi aí que ele, com muita raiva, avançou com a faca na mão levantada bem alto, e, com toda força, fincou-a na mesa, a seguir, cortando sua própria mão em vários lugares, tal era sua cólera. A mesa ficou toda ensangüentada, mas ele já mais calmo, consentiu que eu o levasse para lavar a mão e fazer um curativo. Ele chorava o tempo todo e pedia perdão por tudo que havia acontecido. Depois ele sentou-se e assistiu à palestra da noite, cujo tema era 'O perdão das ofensas'. Do triste episódio, felizmente só restou um buraco cravado na mesa. Todos nós ficamos muito emocionados com a prova incontestável da proteção dos Benfeitores a nós e às atividades da Casa de oração. Não podemos deixar de citar o mérito da Rosely e de sua filha Nayara que procuraram proteção na Casa de Deus." (Luizinho).

Rosely recentemente casou-se com Valdecy Rodrigues dos Santos, constituindo com ele um novo lar.

*Texto Eva Elias, Uberaba/MG.

(Enviado por Luizinho, Correio de Três Lagoas/MS, recebido via e-mail).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Poste aqui seu comentário. Obrigada pela colaboração!