Senhor de Infinita Bondade,
No santuário da oração, marco renovador do meu caminho, não te peço por mim, Espírito endividado, para quem reservaste os tribunais de tua Excelsa Justiça.
A tua compaixão é como se fora o orvalho da esperança em minha noite moral e isso basta ao revel pecador que tenho sido.
Não te peço, Senhor, pelos que choram.
Clamo por teu amor a benefício dos que fazem as lágrimas.
Não te venho pedir pelos que padecem.
Suplico-te a bênção para todos aqueles que provocam o sofrimento.
Não te lembro os fracos da Terra.
Recordo-te quantos se julgam poderosos e vencedores.
Não intercedo pelos que soluçam de fome.
Rogo-te amor para os que furtam o pão.
Senhor, Todo-Bondoso!
Não te trago os que sangram de angústia.
Relaciono diante de Ti os que golpeiam e ferem.
Não te peço pelos que sofrem injustiças.
Rogo-te pelos empreiteiros do crime.
Não te apresento os desprotegidos da sorte.
Depreco o teu amparo aos que estendem a aflição e a miséria.
Não te imploro mercê para as almas traídas.
Exoro-te o socorro para os que tecem os fios envenenados da ingratidão.
Pai compassivo!
Estende as mãos sobre os que vagueiam nas trevas...
Anula o pensamento insensato.
Cerra os lábios que induzem à tentação.
Paralisa os braços que apedrejam.
Detém os passos daqueles que distribuem a morte...
Ajuda-nos a todos nós, os filhos do erro, poque somente assim, ó Deus piedoso e justo, poderemos edificar o paraíso do bem com todos aqueles que já te compreendem e te obedecem, extinguindo o inferno daqueles que, como nós, se atiraram, desprevenidos, aos insanos torvelinhos do mal!
Cerinto
(Psicografia de Chico Xavier, do livro "Vozes do Grande Além", 4 ed., FEB, Rio de Janeiro: 1990, Cap. 24, pp. 103/105).
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