"O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai encontrar-se com as bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a Alma e a Vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos reais, nenhum tomou o título de sacerdote ou de sumo sacerdote (...). O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; proclama-a para seus adéptos assim como para todas as pessoas. Respeita todas as convicções sinceras e faz questão de reciprocidade." (Kardec)


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Venturas e desventuras da juventude

Ah! Tenro e doce amor!
Quantas ilusões e quantas desilusões...
Idade cheia de vitalidade,
Beleza à flor da pele,
Energia a mil,
Juventude explodindo pelos poros a todo vapor.

Tudo era belo e perfeito,
Nada tinha limite,
O limite e o ponto de parada era o máximo de nossas forças.

Mas... desilusões eu sofri. A juventude aos poucos foi-se apagando e a luz, o viço, o brilho da beleza da tenra idade foi dando seu lugar aos amargos sabores da responsabilidade que agora começava a pesar.

Os tempos idos já se mostravam como tempo perdido, desperdiçado.

Logo mais, estaria enfrentando as limitações e as dores da senilidade.

Neste momento, os anos passados tornam-se cada vez mais pesados e, os vindouros, são como preciosidades às quais necessitamos atribuir o máximo de valor.

Mas, o que é ainda pior está por vir: chegará o dia em que precisaremos partir.

Partir? Mas... tão cedo? Muito ainda tenho a realizar!
E, por que não realizei antes?
Antes não podia, pois a "vida" me consumia; tomava-me tempo suficiente para não sobrar tempo para coisas, digamos, supérfluas, ou melhor dizendo, de menos importância, ou sem tanta importância, pois anos atrás era necessário aproveitar a vida para não me arrepender depois.
Exatamente isso: não me arrepender do que "não fiz".

É isso mesmo... essas coisas de morte, de pensar no amanhã, não nos leva a nada. Ir, todos teremos de ir mesmo!
Devemos aproveitar o momento, o presente.
Então, enquanto isso não ocorre (enquanto a morte não chega), vamos aproveitar!
É isso: vamos curtir a vida.
Aproveitar do "melhor" que ela tem a nos oferecer.

Mas... passados os anos, vêm as dores: a dor das pernas que já não sustentam mais o corpo com a resistência de outrora; as dores físicas ocasionadas pela idade avançada que judia dessa veste tão grosseira (o corpo físico)... a dor da CONSCIÊNCIA!
Ah! Essa dor é insuportável!
Se meu medo, outrora, era não me arrepender daquilo que não fiz, hoje o medo é: deveria e podia ter feito muito mais!

Se naquela época queria aproveitar a vida para não me queixar depois, hoje sofro porque não soube aproveitá-la do modo como deveria.

Enquanto me divertia porque a morte era certa, perdia a grande oportunidade que a Providência Divina me proporcionara: aproveitar ao máximo para crescer!


(Mensagem psicografada no Grupo de Estudos Espíritas "A Caminho da Luz", Cajobi/SP, em 06/12/2009).

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