A Revista "Isto É" assistiu em primeira mão o filme "Chico Xavier, o filme", e publicou uma reportagem especial sobre o filme e sobre a vida e obra do médium, intitulada "Chico Xavier superstar - Parte I", na edição de número 2103, de 26 de fevereiro.
"O médium de vida simples que se tornou o principal ícone do espiritismo tem seu centenário festejado com grandes produções no cinema, no teatro e na literatura."
Eliane Lobato
Uma Minas Gerais agrária e bucólica é o pano de fundo adequado para a história de um menino em constante turbulência interna. Ele ouve vozes e vê pessoas mortas. Tachado de maluco, o garoto, nascido Francisco de Paula Cândido Xavier, sofre muito, especialmente nas mãos de uma madrinha católica que o considera pactuado com o diabo. A história deste menino que virou o maior médium brasileiro está contada no filme “Chico Xavier, o filme”, de Daniel Filho, que estreia no dia 2 de abril, data em que ele completaria 100 anos, se não tivesse desencarnado, como dizia, oito anos atrás. O filme — a que ISTOÉ assistiu em primeira mão (leia quadro) — é o carro-chefe de uma série de produções e homenagens, como lançamentos de livros, filmes inspirados em obras psicografadas, selo, exposições e seminários. Até uma novela da Rede Globo, que tem o espiritismo como tema, estreia, coincidentemente, no mês do centenário: “Entre Dois Amores”, escrita por Elizabeth Jhin. O médium, cultuado em vida, ganha, na comemoração de seus 100 anos, visibilidade de superstar e vira fenômeno de mídia, algo que nunca esteve entre suas pretensões. Se existe mesmo vida após a morte, Chico Xavier deve estar feliz: seu legado ultrapassa, hoje, as barreiras religiosas e ele é reconhecido como o maior líder espiritual que o Brasil já teve. O espantoso alcance da obra de Chico Xavier explica tamanha agitação em torno de seu centenário. Mesmo quem não acredita em reencarnação, respeita este homem que psicografou mais de 400 livros e doou os direitos autorais de todos eles a obras de caridade. Chico Xavier viveu em uma casa humilde e levou vida modesta. É de Nelson Xavier, o ator com impressionante semelhança física com o médium e que o interpreta na fase adulta, a síntese de sua existência: “Ele viveu, efetivamente, o ‘amai-vos uns aos outros’.” O ator admite que o filme modificou suas crenças. "Como todo socialista eu também acreditava que o caminho da violência era o único possível, que os privilégios jamais serão abolidos sem confronto. Mas, agora, penso diferente." (...)
Leia mais em http://www.chicoxavierofilme.com.br/site/?p=1787
Dados importantes sobre o Espiritismo no Brasil
Ao contrário de Pedro Leopoldo, em Uberaba não há uma rua ou praça que homenageiem o médium. Em Pedro Leopoldo o cenário é outro. A começar pela existência da Fundação Cultural Chico Xavier, que tem por objetivo promover a vida e a obra do médium. Mais, por meio de uma votação, a população elegeu os locais tidos como obrigatórios para os visitantes que pretendem saber um pouco mais sobre o religioso. Assim, viraram pontos turísticos a casa onde Chico nasceu e hoje abriga o "Centro Luiz Gonzaga", a construção onde viveu, atualmente "Casa de Chico", a Fazenda Modelo, endereço de seu antigo trabalho, o açude, próximo do qual ele teve o primeiro contato com Emmanuel, seu maior guia espiritual, o "Centro Espírita Meimei", fundado por Chico, e a "Praça Chico Xavier". Entre 30 de junho e 10 de julho, Pedro Leopoldo será a sede da 8a. Semana Espírita Chico Xavier e palco de apresentações teatrais e ciclo de palestras. Em junho também será lançada a primeira biografia do maior médium do Brasil escrita por um cidadão pedro-leopoldense. O autor, o psicólogo e professor de educação física John Harley Madureira Marques, conviveu com Chico por 21 anos e está há dois trabalhando na obra, cujo título é mantido em segredo. Fazia tempo que Chico Xavier não ficava tão próximo das pessoas que o viram crescer e triunfar na missão a que ele se propôs. Não precisa ser nenhum médium para sentir sua presença em Minas Gerais.
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