"O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai encontrar-se com as bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a Alma e a Vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos reais, nenhum tomou o título de sacerdote ou de sumo sacerdote (...). O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; proclama-a para seus adéptos assim como para todas as pessoas. Respeita todas as convicções sinceras e faz questão de reciprocidade." (Kardec)


quarta-feira, 3 de março de 2010

Juízo final?

"Ora, quando o Filho do Homem vier em Sua majestade, acompanhado de todos os anjos, assentar-se-á no trono de Sua glória e, reunidas à Sua frente todas as nações, Ele separará uns dos outros."
Jesus (Mt., 25:31 a 46)

Está próximo o juízo final?

No livro "Ontem e hoje com Kardec - Sempre atual", Ed. Mythos, os autores Orson Peter Carrara e Rogério Coelho, no capítulo cujo nome dá título à esta postagem, consideram que "os sinais dos tempos vêm se revelando pelos acontecimentos preditos no Evangelho do Senhor, pois, segundo os registros de Mateus e Marcos, dias viriam em que esses sinais precursores se mostrariam ostensivamente, na forma de rumores de guerra; povos que se levantam contra outros povos; pestes; fome e tremores de terra em diversos lugares, advento dos falsos profetas que seduzem a muitas pessoas; a abundância da iniquidade que esfria a Caridade; a mediunidade eclodindo no mundo inteiro, retificando a frase: 'vossos filhos e filhas profetizarão'."

Assim é que, para os autores, "aí estão traçados os sinais precursores do Juízo Final, os sinais de que os tempos são chegados!"

Mas, em que consiste o juízo final? Enfim, haverá um juízo final?

Kardec nos fala em "juízos gerais". Segundo o codificador, no livro "A Gênese", capítulo XVII, item 67, esses juízos (os "juízos gerais") se dão em todas as épocas de renovação parcial ou total da população dos mundos, por efeito das quais se operam grandes emigrações e imigrações de Espíritos:

          "(...) Tendo que reinar na Terra o bem, necessário é que sejam dela excluídos os Espíritos endurecidos no mal e que possam lhe acarretar perturbações. Deus permitiu que eles aí permanecessem o tempo de que precisavam para se melhorar; mas, chegado o momento em que, pelo progresso moral de seus habitantes, o globo terráqueo tem de ascender na hierarquia dos mundos, interdito será ele, como morada, a encarnados e desencarnados que não hajam aproveitado os ensinamentos que uns e outros se achavam em condições de aí receber. Serão exilados para mundos inferiores, como o foram outrora para a Terra os da raça adâmica, vindo substituí-los os Espíritos melhores. Essa separação, a que Jesus presidirá, é que se acha figurada por estas palavras sobre o juízo final: 'Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda'."

Eis aí, nas palavras de Kardec, a explicação para aquilo que, desde os primórdios, costumamos chamar de "juízo final".

Vale ressaltar ainda que "a par da parte acessória ou figurada das palavras de Jesus com relação ao juízo Final, há uma idéia dominante: a da felicidade reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau" (Kardec, in "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap. XV, item 3).

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