"O Espiritismo é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai encontrar-se com as bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a Alma e a Vida futura. Mas não é uma religião constituída, visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos reais, nenhum tomou o título de sacerdote ou de sumo sacerdote (...). O Espiritismo proclama a liberdade de consciência como direito natural; proclama-a para seus adéptos assim como para todas as pessoas. Respeita todas as convicções sinceras e faz questão de reciprocidade." (Kardec)


quinta-feira, 18 de março de 2010

Haverá falsos cristos e falsos profetas

          "Guardai-vos dos falsos profetas, que vem até vós cobertos em peles de ovelhas, e que por dentro são lobos raptores. Vós os conheceis por seus frutos. Pode-se colher uvas dos espinheiros, ou figos dos cardos? Assim, toda árvore que é boa produz bons frutos, e toda árvore que é má produz maus frutos. Uma árvore boa não pode produzir maus frutos, e uma árvore má não pode produzi-los bons. Toda árvore que não produz bons frutos será cortada e atirada ao fogo. Portanto, vós os conhecereis (os profetas) pelos seus frutos." (Mateus, cap. VII, v. 15 a 20).
          "Guardai-vos para que ninguém vos seduza, porque muitos virão sob meu nome, dizendo: 'Eu sou o Cristo', e eles enganarão a muitos.
          E surgirão muitos falsos profetas, que seduzirão muitas pessoas. E, porque a iniquidade será abundante, em muitas pessoas a caridade irá esfriar. Será salvo, porém, aquele que perseverar até o fim.
          Então, se alguém vos disser: O Cristo está aqui, ou está lá, não acrediteis, pois surgirão falsos Cristos e falsos profetas, que farão grandes prodígios e coisas espantosas, ao ponto de enganar, se possível, até os eleitos." (Mateus, cap. XXIV, v. 4, 5, 11, 12, 13, 23 e 24. Marcos, cap. XIII, v. 5, 6, 21 e 22).
          "Meus bem-amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai se os Espíritos são de Deus, pois surgiram muitos falsos profetas no mundo." (João, Epístola Primeira, cap. IV, v. 1).
          "Os fenômenos espíritas, longe de dar crédito a falsos Cristos e falsos profetas, como a algumas pessoas apraz dizer, golpe mortal desferem neles. Não peçais ao Espiritismo prodígios, nem milagres, porquanto ele formalmente declara que os não opera. Do mesmo modo que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia revelaram as leis do mundo material, ele revela outras leis desconhecidas, as que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual, leis que, tanto quanto aquelas outras da Ciência, são leis da Natureza. Facultando a explicação de certa ordem de fenômenos incompreendidos até o presente, ele destrói o que ainda restava do domínio do maravilhoso. Quem, portanto, se sentisse tentado a lhe explorar em proveito próprio os fenômenos, fazendo-se passar por messias de Deus, não conseguiria abusar por muito tempo da credulidade alheia e seria logo desmascarado. Aliás, como já se tem dito, tais fenômenos, por si sós, nada provam: a missão se prova por efeitos morais, o que não é dado a qualquer um produzir. Esse um dos resultados do desenvolvimento da ciência espírita; pesquisando a causa de certos fenômenos, de sobre muitos mistérios levanta ela o véu. Só os que preferem a obscuridade à luz, têm interesse em combatê-la; mas, a verdade é como o Sol: dissipa os mais densos nevoeiros.
          O Espiritismo revela outra categoria bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e tomam nomes venerados para, sob a máscara de que se cobrem, facilitarem a aceitação das mais singulares e absurdas idéias. (...) É considerável o número dos que, em diversas épocas, mas, sobretudo, nestes últimos tempos, se hão apresentado como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, sua mãe, e até como Deus. S. João adverte contra eles os homens, dizendo: 'Meus bem-amados, não acrediteis em todo Espírito; mas, experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo'. (...) É à maneira de se distinguirem dos maus os bons Espíritos que, principalmente, podem aplicar-se estas palavras de Jesus: 'Pelo fruto é que se reconhece a qualidade da árvore; uma árvore boa não pode produzir maus frutos, e uma árvore má não os pode produzir bons'. Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como uma árvore pela qualidade dos seus frutos." ("O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, Cap. XXI, item 7).

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